Pilotos da TAP propõem aumentos entre os 5,59 e os 7,03 por cento nos salários-base. Mas subidas nas ajudas de custo atingem 100 por cento.
Os pilotos da TAP, que ganham em média 8600 euros por mês (salário + subsídio), estão a exigir aumentos no salário-base entre os 5,59 e os 7,03 por cento, tendo já agendado uma greve para o período da Páscoa. No entanto, os aumentos propostos pelo sindicato para o subsídio de aterragem atingem os 25 por cento e para as ajudas de custo os 100 por cento, apurou o CM.
Um comandante sénior, por exemplo, recebe actualmente 41 euros por voo a título de ajudas de custo. O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) propõe a duplicação, ou seja, 82 euros, o mesmo sugerido para o oficial piloto, que recebe 33 euros, exigindo o SPAC que passe para 66 euros. A proposta de aumento da TAP, que se situa nos 22 por cento, é de 50 euros para o comandante e 40 euros para o oficial.
Já no que diz respeito ao subsídio de aterragem, pago por voo, a proposta do SPAC propõe aumentos entre os 25 e os 21,6 por cento, conforme a categoria do piloto. Em termos concretos, o SPAC propõe, por exemplo, 78 euros (actualmente é pago 64 euros) por aterragem no caso de um comandante no topo da carreira. Já a proposta da administração da companhia aérea é de aumentos entre os 12,3 e os 12,5 por cento. No caso de um comandante sénior, o aumento traduz-se em 72 euros por aterragem.
O Sindicato dos Pilotos, contactado pelo CM, recusou ontem fazer qualquer comentário a estes valores, tal como a administração da TAP. As negociações entre as duas partes continuam paradas, num momento em que se aproxima o período de greve, uma paralisação de 26 a 31 deste mês. Entretanto, e para não prejudicar os passageiros, a TAP já está a facilitar a mudança de voos aos passageiros com reservas efectuadas para os dias da greve dos pilotos.
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