Hilary Swank vive Amelia Earhart, primeira aviadora a cruzar o Atlântico.
Semelhança entre Hilary Swank e a Amelia verdadeira é impressionante
Foto:Fox, Divulgação
Ícone feminista, a norte-americana Amelia Earhart foi a primeira aviadora a cruzar o Atlântico. Desapareceu 
pouco antes de completar 40 anos, em 1937, quando tentava ser a primeira a dar a volta ao mundo.
Seu corpo jamais foi encontrado, o que colaborou para a mitificação de sua imagem – só biografias sobre ela, nos EUA, há mais de cem. O filme da indiana Mira Nair (de Mississipi Masala e Um Casamento à Indiana), que estreia hoje, conta sua vida a partir do fim dos anos 1920, quando iniciou a carreira de aviadora e o relacionamento com os dois homens da sua vida, o magnata George Putnam (interpretado por Richard Gere), seu marido, e o piloto Gene Vidal (Ewan McGregor), amigo e, lá pelas tantas, amante.
A produção é visualmente impecável, tanto na reconstituição da época quanto na construção dos personagens – a semelhança entre a Hilary Swank que se vê na tela e a Amelia verdadeira é impressionante. Duas vezes vencedora do Oscar, a atriz também dosa com habilidade a obstinação profissional da protagonista, de modo a não carregá-la de insolência ou uma ousadia sobre-humana.
Há uma certa frieza, no entanto, nessa abordagem. Ela combina com a maneira como Amelia se relaciona com tudo o que não se refere ao ato de voar, aí incluídos os seus relacionamentos amorosos, mas também limita o envolvimento do espectador com a história. Além de excessivamente reverente, Amelia é frio.
A sequência final e o último diálogo da aviadora com o marido estão entre os melhores momentos do filme. Não à toa, são seus trechos mais passionais, menos insossos.
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