Em Brasília,O ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciou nesta terça-feira que os Correios estudam criar uma empresa de própria de aviação para transportar encomendas.
De acordo com o ministro, a nova empresa compraria aviões da Embraer, que está desenvolvendo o modelo cargueiro C-390. Inicialmente, os Correios assumiriam o compromisso de comprar cinco aviões, mas o número pode chegar a 20 ou 30 aeronaves que começarão a ser entregues em dois anos.
“Os Correios têm necessidade de se modernizar. É preciso criar uma estrutura para os Correios fazerem comércio eletrônico, que nesse ano cresceu 75%”, disse Costa.
O ministro informou que os Correios teriam recursos para montar a empresas e começar a fazer o leasing de aviões, mas que procurará parceiros para serem sócios na nova empresa. “O controle seria dos Correios, mas poderia ter sócios, como uma empresa que tenha o know-how de logística”, adiantou.
Segundo Costa, desde que a CPI dos Correios identificou irregularidades nos contratos do órgão com empresas de transporte aéreo como SkyMaster e Beta, em 2005, a empresa procura firmar parcerias com outras transportadoras, sem sucesso. Os Correios gastam cerca de R$ 500 milhões com transporte aéreo.
Costa disse que ele manteve conversas com a VarigLog, TAM e Gol, que não tiveram interesse no 1,2 milhão de volumes que os Correios transportam por dia. “As empresas sentem que os Correios são competidores nesse processo. Elas não querem competição”, afirmou.
O ministro reclamou que hoje os Correios dependem de “duas ou três” empresas que têm limitações. Ele conta que o órgão teve que ceder ao pedido de uma transportadora que exigiu que fosse firmado um contrato de um ano, e não de seis meses, como queriam os Correios. “Houve um risco de quase causar um apagão na entrega de volumes”, afirmou. A idéia da nova empresa terá que ser aprovada ainda pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Avião
A Embraer apresentou ao ministro o projeto do C-390, que será construído baseado em um avião de passageiros da empresa (E-190). O avião custaria cerca de US$ 50 milhões e teria capacidade para transportar 16,9 toneladas –quase 5 toneladas a mais do que o seu concorrente Boeing-737. A operação da aeronave seria ainda 20% mais barata do que a do Boeing, de acordo com Costa.
Nota do Editor: em Fevereiro de 2009 haviamos divulgado
A matéria do Tecnologia&Defesa que reportava o interesse na certificação civil do EM-390, naquela altura o cargueiro ainda ostentava as configurações primárias.
PLANO BRASIL
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