Nenê Constantino é acusado de armar e mandar matar um homem em TaguatingaO empresário, de 79 anos, estava internado desde a noite de quinta-feira, após passar mal enquanto era transferido do Departamento de Polícia Especializada para o presídio da Papuda.
Brasília - A Justiça de Brasília mandou soltar o empresário Nenê Constantino, pai do dono da companhia aérea Gol, Constantino de Oliveira Júnior. Ele estava preso desde a última quarta-feira, acusado de mandar matar seu ex-genro Eduardo Queiroz Alves. Em 2008, cinco tiros atingiram o carro de Alves, que sobreviveu.
O empresário também é acusado de ter encomendado o assassinato, em 2001, de Márcio Leonardo de Sousa Brito, líder da invasão de um de seus terrenos.
Constantino possui uma empresa de ônibus urbana operando no Distrito Federal (DF), a Planeta. Ele recebeu voz de prisão no fórum de Taguatinga, cidade-satélite, quando acompanhava audiências do inquérito que apura a morte de Brito.
O empresário, de 79 anos, estava internado desde a noite de quinta-feira, após passar mal enquanto era transferido do Departamento de Polícia Especializada para o presídio da Papuda. Ele sentiu dores no peito e foi submetido, no sábado, a um cateterismo que apontou obstrução discreta nas artérias coronárias.
Os advogados de Constantino haviam tentando revogar a prisão, o que foi negado pela Justiça na sexta-feira. Entraram, então, com pedido de habeas corpus, que foi acatado na noite de sábado pelo desembargador Dácio Vieira, vice-presidente do Tribunal de Justiça.
Nenê Constantino é também suspeito de pagar propina ao ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz para obter favores para sua empresa. Essa denúncia levou Roriz a renunciar ao mandato de senador, para escapar da cassação. Isso, por sua vez, o enquadrou na lei da Ficha Limpa e o tirou do páreo para governador do DF nas últimas eleições.
d24h
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