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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Militares não se opõem à compra de caças Rafale


A esta coluna, um ex-ministro da Aeronáutica afirmou que o único ponto errado na licitação dos caças foi a revelação abrupta de Lula, com o processo ainda aberto, de que o Brasil preferia o modelo francês Rafale. No resto, segundo a fonte, está tudo certo. Disse ele: "Visitei diversos países como ministro e comentei que, no Brasil, criava-se comissão com engenheiros de elite, oficiais renomados e, no fundo, para minha decepção, a decisão era política. Ouvi de todos os ministros, de outros países, resposta igual. Todos disseram que a comissão é apenas para parecer que a decisão será técnica. Em 100% dos casos, a compra de itens militares é política, de revólveres a porta-aviões."

Com isso, a fonte diz que ele, e muitos colegas seus da elite da Aeronáutica, aprovam a opção brasileira pelo avião francês Rafale. Além disso, cita que o avião sueco N-Gripen jamais foi produzido em escala industrial e só dispõe de um modelo para exibição mundial; além disso, tem uma dependência, pois conta com muitas peças norte-americanas. Um detalhe é que o "N" quer dizer "Navy" (Marinha) o que não chega a ser um item favorável, na visão do pessoal da Aeronáutica. A tecnologia norte-americana, sem a menor dúvida, é a mais evoluída, mas Washington sequer promete a mais leve transferência de conhecimentos. Lembrou a fonte o caso de aviões vendidos para o Chile, em que as peças de reposição ficavam nos Estados Unidos, o que é inadmissível, pois deixa o país comprador de mãos atadas.

Em relação à França, observa a fonte que, por não ter mais a menor pretensão a potência hegemônica, o país europeu oferece como atrativo alguma transferência de tecnologia, o que interessa ao Brasil. Sobre isso, comenta:

- Na verdade, ninguém transfere tecnologia de boa vontade. No processo de produção, cabe aos engenheiros nacionais absorverem o máximo que puderem. Nenhum país do mundo cede tecnologia com um sorriso nos lábios nem entrega xerox dos seus estudos. Há que se arrancar cada informação, no dia-a-dia.

Ainda na área bélica, um engenheiro naval diz à coluna que a francesa DCNS e a brasileira Odebrecht vão se defrontar com um problema no estaleiro de Itaguaí (RJ) - onde serão construídos quatro submarinos convencionais e um quinto apto a receber motor a propulsão nuclear, a ser desenvolvido pela Marinha do Brasil. É que em frente ao estaleiro há uma enorme pedra submersa, chamada de "Pão de Açúcar", que exigirá muito trabalho e dinheiro para ser dinamitada. Sobre submarinos, fontes militares afirmam que um dia o Brasil poderá voltar à linha alemã, pois a qualidade é alta e o preço é inferior ao cobrado pelos franceses.



Invasão de "supplies"

Fontes empresariais manifestam à coluna uma forte preocupação. Afirmam que a demanda por barcos de apoio a plataformas - os supply-boats - é intensa, mas a Petrobras tem imposto um regime moderado de contratação de novas unidades no Brasil. Este ano, foram contratados 40 barcos, quando o mercado esperava 66 unidades.

Com isso, aumenta a entrada de barcos estrangeiros. Os últimos dados indicavam existência de 300 barcos no país, sendo aproximadamente metade nacionais e metade estrangeiros. De acordo com recentes informações, o número de barcos pulou para 350, obviamente com mais barcos estrangeiros, pois um nacional depende de licitação, assinatura de contrato de aluguel com a Petrobras, tempo de construção e incorporação à frota de cada empresa.

Assim, nos últimos meses houve invasão de barcos estrangeiros. A cada ano, o país gasta US$ 1 bilhão para pagar os barcos estrangeiros que operam no Brasil e, com a recente mudança, os valores anuais vão crescer acentuadamente.

A solução seria a adoção de mais rapidez na contratação de barcos no mercado interno. O sistema adotado é o de disputa entre empresas brasileira - inclusive as de capital estrangeiro; depois da escolha, por menor preço, é assinado contrato de oito anos e feita a encomenda ao estaleiro.

Até 2020, estima-se que sejam encomendados 146 barcos, mais 195 unicamente para o pré-sal. O preço médio de um barco de apoio é de US$ 50 milhões, pois tais unidades estão cada dia mais sofisticadas.



Duas visões

Nos jornais, a Refinaria de Manguinhos, no Rio, é citada como envolvida em escândalo da máfia dos combustíveis, com apoio de importantes dirigentes federais. Mas, em informe publicitário, o controlador - o grupo Andrade Magro - apresenta dados divergentes.

Revela que, até 1998, quando estava com o grupo Peixoto de Castro, a empresa valia R$ 25 milhões, e hoje seu valor de mercado atinge R$ 500 milhões. O faturamento, em 2010, deve ser de R$ 1,3 bilhão, mais de três vezes o anterior. De 2008 a 2010, o número de empregados passou de 78 para 379, com previsão de atingir 600 em 2011. O refino de petróleo passou de zero a 3 milhões de barris.



Pela metade

Está de parabéns a Federação das Indústrias do Rio (Firjan), ao protestar contra a extensão, até 2018, do acréscimo de ICMS que compõe um - assim chamado - Fundo de Combate à Pobreza e Desigualdades Sociais. Criado por Rosinha Garotinho em momento de crise, o fundo - que implica ICMS dois pontos percentuais acima do resto do país - vem sendo constantemente renovado.

Esse diferencial faz com que a carga tributária no Rio, em muitos itens, seja superior à do resto do país, o que tira competitividade a produtos fluminenses. Pena que a Firjan não tenha levantado sua voz contra a idéia de se recriar a CPMF. É que, no caso, o protesto seria contra o Governo Federal. A entidade mobilizou suas baterias apenas na área estadual.



Rápidas

Será realizado nesta quarta-feira, na Federação das Indústrias do Rio (Firjan), o II Encontro Técnico Brasil-Reino Unido sobre construção sustentável. Empresas inglesas vão apresentar sua evolução em design e construções sustentáveis. O Brasil aderiu à norma ISO 26000, que trata de responsabilidade social *** Comenta-se que o Rio Othon Palace Hotel, situado na Avenida Atlântica, na Zona Sul carioca, estaria à venda *** Será nesta quarta-feira, em São Paulo, a entrega do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), concedido pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Será feita homenagem ao presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, e ao membro do Comitê de Gestão do Grupo Suzano, Murilo Passos *** Nobuo Oguri, de 85 anos, ex-diretor da Ishibrás, será homenageado, neste sábado, na Casa da Suíça, por seus alunos, da turma de engenharia naval de 1968 da Escola Nacional de Engenharia (atual UFRJ). Ele merece, pois sempre foi um samurai na defesa da construção naval brasileira *** Nesta semana, executivos da The Walt Disney Company estarão no Norte/Nordeste. De Belém a Salvador, vão oferecer franquias, lançamentos de cinema, oportunidades promocionais e canais de TV. É o lado bom da crise: os ricos têm de vender mundo afora *** O grupo Sonae Sierra, formado por capitais norte-americanos e portugueses, anuncia gasto de R$ 7,5 milhões com promoções de Natal, em seus nove shopping centers. Um evento conjunto vai sortear R$ 1 milhão para um cliente, o que é inédito nesse segmento do comércio varejista *** Nesta quarta-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anuncia que, em 2011, a cidade receberá as lutas do UFC - esporte intenso, mas que tem seus apreciadores *** A bolsa fechou a terça-feira em leve baixa e o dólar, em leve alta.
monitor mercantil

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