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sábado, 5 de março de 2011

TAV incorpora Viracopos à malha

A implantação do trem de alta velocidade (TAV) entre Campinas e Rio de Janeiro vai permitir que a infraestrutura rodoviária e aeroportuária instalada nos dois estados seja melhor utilizada e abrirá a possibilidade de transformar o Aeroporto Internacional de Viracopos em um importante ub aeroportuário, onde serão realizadas as conexões, transformando o terminal em centro de distribuição de voos.

A afirmação é do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo. Segundo ele, a implantação do TAV abrirá a possibilidade de incorporar Viracopos à malha aeroviária e alavancar o desenvolvimento regional.Por falta de meios de acesso do passageiro ao aeroporto, Viracopos acaba atendendo apenas à região mais próxima. Com o trem, disse Figueiredo na abertura de um curso sobre trens de alta velocidade promovido pela Revista Ferroviária, ontem, em São Paulo, será possível que pessoas que vivem ao longo do traçado possam usar o aeroporto de Campinas.

O trem, disse, fará também a ligação entre três grandes aeroportos — Galeão, no Rio; Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas —, garantindo acesso do passageiro entre os terminais. Viracopos é o aeroporto que reconhecidamente tem o maior potencial de crescimento e sua viabilidade dependerá essencialmente da facilidade que as pessoas terão para chegar até ele, papel que, na sua opinião, o TAV irá executar com competência.

Para o secretário de Transporte do Estado do Rio, Júlio Lopes, o trem vai modificar a forma como vivem os municípios no Brasil. As cidades formarão uma grande área urbana, afirmou, onde as pessoas poderão morar e trabalhar em locais diferentes. O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, afirmou que não se pode perder de vista que o TAV vai ligar 20% da população brasileira, que vivem nas regiões metropolitanas do Rio, São Paulo e Campinas, além dos vales do Paraíba paulista e fluminense. "As grandes cidades hoje levam duas desvantagens muito grandes no seu desenvolvimento.

Uma são as deficiências na macrodrenagem, que levam às inundações e param as cidades, como estamos vendo ocorrer com constância em São Paulo. Outra é a mobilidade. Resolver como dar condições para que as pessoas saiam e cheguem é um desafio irreversível", afirmou. Para ele, o TAV será o diferencial na solução dessa questão porque poderá alavancar a volta dos trens de passageiros ao País.

Com reconhecido posicionamento contrário à implantação do TAV - Fernandes sempre defendeu a implantação de um trem regional entre Campinas, São Paulo e São José dos Campos -, ele passou a trabalhar pelo trem de alta velocidade por ser uma política de governo.

"Quando vimos a proposta e a firmeza do projeto, vimos também que não teria sentido termos dois projetos, vimos também que não teria sentido do termos dois projetos para lelos. Por isso, deixamos o projeto de Campinas e passamos a dar prioridade para a ligação ferroviária de São Paulo a Sorocaba, já o trecho Campinas a São José dos Campos será suprido pelo TAV", disse.

Fernandes informou que o governo paulista está envolvido no projeto do trem de alta velocidade e dará todo apoio nas questões ambientais, urnanísticas e de áreas.

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