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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Empresas de táxi-aéreo de Cruzeiro do Sul estão impedidas de voar


taxi aéreo Cruzeiro do Sul Acre  (Foto: Francisco Rocha/G1)Desde abril, empresas de táxi-aéreo de Cruzeiro do Sul estão sem voar (Foto: Francisco Rocha/G1)
 
Duas empresas de táxi-aéreo de Cruzeiro do Sul (AC) estão impedidas de fazer voos no Acre há mais de sete meses. A determinação é da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que durante vistorias identificou que as empresas apresentavam problemas operacionais e não poderiam continuar trabalhando.


De acordo com Cleilson Taumaturgo de Abreu, gerente da empresa Aerobran Taxi Aéreo, o prejuízo causado com a suspensão dos voos já ultrapassa os R$ 4 milhões. O gerente garante que desde o mês de abril, quando a Anac determinou a suspensão das atividades da empresa, toda a documentação exigida foi entregue e mesmo assim a liberação para voos não foi permitida.

“Estamos parados todo esse tempo por causa de burocracia da Anac. Tudo que foi pedido a empresa fez. O que falta é a Anac enviar um técnico para fazer a vistoria nos aviões, mas ela diz que não tem dinheiro para custear as despesas deste profissional até Cruzeiro do Sul para fazer a vistoria. Enquanto isso, estamos com prejuízo de mais de R$ 4 milhões”, reclamou.

Com a suspensão das duas empresas, oito municípios do interior do Acre, além de cinco do Amazonas estão prejudicados, são eles: Cruzeiro do Sul (AC), Tarauacá (AC), Feijó (AC), Jordão (AC), Porto Walter (AC), Marechal Thaumaturgo (AC), Santa Rosa (AC) Rio Branco (AC),  Ipixuna (AM), Eirunepé (AM), Envira (AM), Itamarati (AM) e Tabatinga (AM).

Por entender que a empresa já atendeu todas as solicitações da Anac, o advogado da Aerobran, Georges Ferreira, entrou com uma ação na Justiça Federal que determinou um prazo de dez dias para que a Anac conclua a fiscalização das aeronaves em Cruzeiro do Sul.

O advogado informa que a Aerobran Táxi Aéreo vai entrar com outra ação de reparação de danos contra a Anac, por causa dos prejuízos causados à empresa.

“Estamos observando todos os prazos e vamos entrar com uma ação de reparação de danos contra a Anac pelo prejuízo que ela causou para a empresa”, explica o advogado.

Em nota, a Anac informou que durante uma inspeção à empresa Aerobran, foi  identificado uma série de irregularidades, como a falta de documentação, cintos de segurança e assentos adequados.

Diante disto, a Anac entendeu que empresa não estava em condições operacionais de oferecer o serviço de táxi-aéreo.

No entanto, informa que foi enviado à empresa um relatório para que as adequações fossem feitas e está analisando a realização de uma nova vistoria.


Confira a íntegra da nota:
 
"O objetivo da inspeção da Anac na empresa Aerobran foi assegurar que o operador possuía condições de manter sua certificação, após auditoria na base principal de operações da empresa.

Após a vistoria, foi verificado que a empresa não mantém condições operacionais para oferecer o serviço de táxi-aéreo. Foram encontradas diversas não-conformidades, entre elas a falta de documentação da tripulação e sobre a empresa, aeronave que não se encontra nas especificações operativas da empresa, falta de extintores, cintos de segurança e assentos inadequados nas aeronaves, entre outras.

O relatório de inspeção com as não-conformidades encontradas foi enviado à empresa para adequação das pendências, juntamente com a suspensão cautelar das operações, até que a empresa cumpra todos os requisitos apontados.

A realização de uma nova vistoria está sendo analisada."

G1

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