Desde abril, empresas de táxi-aéreo de Cruzeiro do Sul estão sem voar (Foto: Francisco Rocha/G1)
De acordo com Cleilson Taumaturgo de Abreu, gerente da empresa Aerobran Taxi Aéreo, o prejuízo causado com a suspensão dos voos já ultrapassa os R$ 4 milhões. O gerente garante que desde o mês de abril, quando a Anac determinou a suspensão das atividades da empresa, toda a documentação exigida foi entregue e mesmo assim a liberação para voos não foi permitida.
“Estamos parados todo esse tempo por causa de burocracia da Anac. Tudo que foi pedido a empresa fez. O que falta é a Anac enviar um técnico para fazer a vistoria nos aviões, mas ela diz que não tem dinheiro para custear as despesas deste profissional até Cruzeiro do Sul para fazer a vistoria. Enquanto isso, estamos com prejuízo de mais de R$ 4 milhões”, reclamou.
Com a suspensão das duas empresas, oito municípios do interior do Acre, além de cinco do Amazonas estão prejudicados, são eles: Cruzeiro do Sul (AC), Tarauacá (AC), Feijó (AC), Jordão (AC), Porto Walter (AC), Marechal Thaumaturgo (AC), Santa Rosa (AC) Rio Branco (AC), Ipixuna (AM), Eirunepé (AM), Envira (AM), Itamarati (AM) e Tabatinga (AM).
Por entender que a empresa já atendeu todas as solicitações da Anac, o advogado da Aerobran, Georges Ferreira, entrou com uma ação na Justiça Federal que determinou um prazo de dez dias para que a Anac conclua a fiscalização das aeronaves em Cruzeiro do Sul.
O advogado informa que a Aerobran Táxi Aéreo vai entrar com outra ação de reparação de danos contra a Anac, por causa dos prejuízos causados à empresa.
“Estamos observando todos os prazos e vamos entrar com uma ação de reparação de danos contra a Anac pelo prejuízo que ela causou para a empresa”, explica o advogado.
Em nota, a Anac informou que durante uma inspeção à empresa Aerobran, foi identificado uma série de irregularidades, como a falta de documentação, cintos de segurança e assentos adequados.
Diante disto, a Anac entendeu que empresa não estava em condições operacionais de oferecer o serviço de táxi-aéreo.
No entanto, informa que foi enviado à empresa um relatório para que as adequações fossem feitas e está analisando a realização de uma nova vistoria.
Confira a íntegra da nota:
"O objetivo da inspeção da Anac na empresa Aerobran foi assegurar que o operador possuía condições de manter sua certificação, após auditoria na base principal de operações da empresa.
Após a vistoria, foi verificado que a empresa não mantém condições operacionais para oferecer o serviço de táxi-aéreo. Foram encontradas diversas não-conformidades, entre elas a falta de documentação da tripulação e sobre a empresa, aeronave que não se encontra nas especificações operativas da empresa, falta de extintores, cintos de segurança e assentos inadequados nas aeronaves, entre outras.
O relatório de inspeção com as não-conformidades encontradas foi enviado à empresa para adequação das pendências, juntamente com a suspensão cautelar das operações, até que a empresa cumpra todos os requisitos apontados.
A realização de uma nova vistoria está sendo analisada."
G1
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