A sala-cofre do Aeroporto de Guarulhos, cérebro da operação
Segundo Renato Vianna, da IBM, os passageiros ganham em velocidade de embarque e rapidez nas filas. "Com a integração, várias companhias aéreas podem compartilhar um mesmo quiosque de atendimento, por exemplo. Isso garante redução de filas de atendimento, menor tempo de entrada de bagagem e mais segurança", diz Vianna.
O novo cérebro eletrônico do Aeroporto de Guarulhos está guardado dentro de uma sala-cofre de 260 metros quadrados, "protegida contra invasores, bombas e até bazucas", segundo Luiz Ritzmann, chefe de TI do aeroporto. Inaugurada em julho e única na América Latina, a sala tem capacidade de processar e coordenar diariamente o fluxo de 110 mil passageiros.
Essas novidades fazem parte de um grande processo de renovação tecnológica, que promete colocar o aeroporto entre os mais modernos do mundo.
Outro exemplo está no sistema de bagagens, comprado de uma empresa holandesa. Ao todo, serão 13 quilômetros de esteiras conectadas a sete docas de despacho. Automatizado, o sistema dispensa manuseio humano, o que garante maior segurança contra furtos e danos.
Inicialmente, apenas o Terminal 3 será equipado com esse sistema. Mas Ritzmann estima que sua inauguração garantirá uma folga de capacidade que permitirá as adaptações de estrutura nos outros terminais.
Para os passageiros, também deve melhorar a qualidade da conexão sem fio, que passa a funcionar fora das áreas de embarque e em dependências externas. Atualmente, os administradores testam um esquema que oferece 30 minutos de conexão Wi-Fi gratuita. Ainda não foi decidido se esse sistema entrará em vigor, já que existe preocupação sobre capacidade de banda.
No fim, segundo Ritzmann, a ideia é que esse conjunto de tecnologias melhore toda a experiência do passageiro, do momento em que ele pisa no saguão do aeroporto até a decolagem. "Algumas etapas, como check-in e checagem de segurança, não podem ser eliminadas, mas é possível melhorar radicalmente o tempo e a experiência em cada uma delas", diz Ritzmann. Com isso, a vida de quem voa em São Paulo vai melhorar até depois da Copa.
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