As ações tomadas pela British Airways (BA) para reduzir a folha de pagamentos ainda não chegaram ao Brasil, mas a companhia aérea informa que já conversa sobre o assunto com sindicatos e funcionários locais.
Patrick Fehring, vice-presidente para a América Latina e Caribe da empresa, afirma que estão sendo analisadas medidas cabíveis no país, incluindo cortes voluntários de salário. "Fazemos o que funciona melhor conforme as leis trabalhistas de cada lugar", diz o executivo.
Até agora, segundo ele, não houve demissões no Brasil. A BA emprega 120 pessoas no país, sendo 51 tripulantes - comissários ou pilotos. Graziella Baggio, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), diz que não há notícia de demissões e uma reunião será feita com a empresa em julho. "É preciso firmar acordos coletivos para qualquer proposta que foge do que está no contrato de trabalho", afirma a sindicalista.
Fehring afirma que a BA vem oferecendo diversas opções voluntárias para os empregados. "Eu mesmo, por exemplo, aceitei uma redução de 5% no salário em troca de dias de folga. Vou fazer umas aulas de jiu-jítsu nesse tempo livre", diz. "Esta é a maior crise que a indústria já enfrentou. Mas há muita gente apaixonada no setor e disposta a fazer alguns sacrifícios."
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