No primeiro trimestre do ano, a Air Berlin perdeu 6,2% de passageiros, uma percentagem que, alega a companhia em nota informativa, está “melhor que a média do sector”. Mas o número de passageiros transportados não foi o único indicador em que a companhia alemã desceu, já que também ao nível dos lucros se registou uma forte quebra, que ascende a 27,3%, em comparação com igual período de 2008.
De acordo com a companhia, neste período, os resultados operacionais antes de juros e impostos (EBIT) registaram uma perda de 87,3 milhões de euros, quando em igual período do ano passado se tinha registado uma perda de 68,6 milhões, um resultado que a Air Berlin atribui à diminuição da procura, ao aumento do custo do querosene e ao facto de a Pascoa ter sido em Abril, quando no ano passado foi em Março.
Apesar de a taxa de ocupação dos voos da companhia ter também descido, ainda que neste ponto o decréscimo seja de apenas 1,8%, a receita por passageiro/quilómetro registou um aumento de 15,4%, passando de 7,22 cêntimos no primeiro trimestre de 2008, para 8,33 cêntimos este ano, números que contribuíram para o aumento de 1,2% ao nível da receita, que atingiu os 661 milhões de euros.
Mas as quebras voltaram a registar-se ao nível do lucro líquido, uma vez que no primeiro trimestre deste ano, este indicador apresentou um prejuízo de 88,4 milhões de euros, contra um prejuízo de 59,6 milhões de euros no primeiro trimestre de 2008.
Para Joachim Hunold, CEO da companhia, "neste ambiente de desafio económico, a Air Berlin teve um comportamento melhor do que outras companhias aéreas europeias”, considerando que, apesar da retracção do mercado, a companhia tem conseguir manter “relativamente estáveis as vendas das viagens individuais”.
De acordo com o responsável, a solução poderá passar pelo aumento de rendimento nos segmentos charter e de negócios, o que implicará uma melhoria da capacidade de gestão dos voos de longo curso.
No primeiro trimestre do ano, a Air Berlin reportou ainda um aumento de 3,2% nos custos de desenvolvimento, na ordem dos 638 milhões de euros, e que se devem essencialmente ao impacto do ano anterior, nomeadamente ao nível dos custos com o combustível e com o aumento médio dos salários.
I.M.
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