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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Governo tem gerido o equilíbrio da Sata


A Sata tem uma importância fundamental para a política de acessibilidades da Região pelo que a intervenção do Governo dos Açores deve ser sempre elaborada tendo em conta o fim último de preservar o serviço que é prestado a todos os açorianos, em especial “num momento em o mundo da aviação civil se confronta com grandes desafios”, considera o secretário regional da Economia.
Vasco Cordeiro, que falava no colóquio “Os Transportes Aéreos nos Açores”, que abriu uma exposição homóloga, que decorreu durante este fim-de-semana, no Pavilhão do Mar, em Ponta Delgada. O responsável considera que “não é correcto pensar-se que as obrigações de serviço público inter-ilhas são automaticamente atribuídas à Sata”. O secretário regional da Economia considerou mesmo que “não estamos imunes aos efeitos da concorrência, pelo que é preciso não esquecer que a Sata está a concorrer com qualquer outra companhia”.
A propósito das obrigações de serviço público para as ligações inter-ilhas, que entram em vigor no próximo dia 1 de Outubro, Vasco Cordeiro salientou “o esforço que tem sido feito no sentido de descer tarifas” ou para criar “novas tarifas, também mais reduzidas, para as famílias numerosas e para os estudantes”.
Para o secretário regional da Economia há, no entanto, um ponto de equilíbrio que deve ser respeitado de forma a não prejudicar o equilíbrio da companhia aérea regional: “a Sata é uma empresa de capitais públicos, tendo por isso, interesses públicos a cumprir”. Assim, Vasco Cordeiro considerou que “o accionista, ou seja o Governo dos Açores, tem agido precisamente com o objectivo de conciliar esses dois interesses, o comercial e o interesse de serviço público”, de forma a que a Sata “não deixe de existir”.
Quanto à questão da distribuição da nova frota da Sata, que tem gerado celeuma entre a oposição, o secretário regional garantiu no parlamento regional, que a Terceira não sofrerá qualquer penalização com a concentração da nova frota da Sata. De acordo com aquela fonte, “todas as ilhas serão beneficiadas com os aparelhos Dash Q200 e Q400, uma vez que, com a sua entrada em operação, haverá um maior número de ligações a todas as ilhas, bem como uma maior capacidade para o transporte de carga”.
O secretário da Economia garantiu, por isso, que a decisão de concentração da frota regional da Sata obedece “a critérios que vão permitir uma melhor gestão e rentabilização dos meios existentes, e que terão como consequência responder melhor às necessidades de todas as ilhas”. Vasco Cordeiro garantiu em plenário da Assembleia Regional dos Açores que “não existe qualquer intenção em prejudicar qualquer uma das ilhas do arquipélago, mas sim “permitir as condições necessárias para que contribuam para a efectiva melhoria do serviço prestado pela transportadora regional”.

JornalDiario

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