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segunda-feira, 6 de julho de 2009
TAP intensifica oferta na Venezuela
A TAP está a diversificar as ofertas no mercado venezuelano para minimizar o impacto da crise e da gripe no sector, fazendo de Portugal uma ponte para outros destinos, disse à Lusa o delegado da empresa em Caracas.
"Nem a TAP sobrevive só do mercado português, nem Portugal sobrevive só do turismo interno. A nossa estratégia passa por Portugal, mas também por todos os países da Europa e do mundo para onde a TAP voa", disse João Candeias.
"Agora é pretensão da TAP estar também lado a lado com o turismo português e fazer com que esses passageiros possam ficar uma ou duas noites em Portugal, quando viajam para Paris, Madrid ou outros destinos", adiantou.
Além disso, acrescentou, a aviação atravessa uma época nova: "Temos preços a baixar, custos a subir e uma crise económica que dificulta a compra".
"Há uma estagnação na compra, as pessoas não sabem se amanhã acordam e têm emprego. Não é o caso específico deste país, mas a Venezuela também se prepara para a crise financeira, pode não estar a atravessar da mesma forma que a Europa atravessa [a crise], mas está atenta", adiantou.
"Se temos preços dos combustíveis que sobem, isso afecta a aviação, se temos uma gripe a nível mundial, isso afecta o transporte aéreo, se temos uma crise económica também afecta", sublinhou, considerando que os grandes desafios colocados às companhias aéreas passam pela procura de novas oportunidades de negócio e novos destinos.
Na Venezuela há pouco mais de um mês, João Candeias salientou que "outra vertente do desafio [no país] é continuar a assistir da melhor forma a comunidade portuguesa e aproveitar as épocas baixas e vender os destinos para Madrid, Galiza e Itália".
Sobre o impacto da crise e da gripe no sector da aviação, o responsável da TAP lembrou que a associação internacional de transportes aéreos (IATA) "previu uma redução na ordem dos 8 por cento para este ano" e que "15 por cento das companhias aéreas estão a perder tráfico de executiva, ou seja, viagens de negócios".
"Para mim seria excepcional igualar o ano passado, fechar o ano de 2009 com o mesmo volume de tráfego que tivemos em 2008", sublinhou João Candeias.
Público pt
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