Depois de os pilotos terem decidido avançar com uma greve para dias antes das eleições, foi conhecida uma carta de cinco páginas enviada àqueles profissionais, onde Fernando Pinto se mostrou preocupado com a possibilidade de ser marcada uma greve dos pilotos.
Na carta, a que a TSF teve acesso, o presidente do conselho de administração da TAP começou por lembrar que a indústria do transporte aéreo vive momentos graves, um cenário adverso ao qual a TAP não é alheia e que já levou ao encerramento de 50 empresas.
Fernando Pinto recordou o Acordo de Empresa assinado em 1999 e o acordo de atualização salarial conseguido em 2005 e lembra também que apesar da situação econômica e financeira vivida pela empresa no ano passado, com a entrada em vigor do novo regime de Segurança Social e a alteração da legislação sobre a idade legal da reforma dos pilotos, foi conseguido um acordo. Na opinião do administrador, tratou-se de uma solução equilibrada de interesses.
Na carta, Fernando Pinto reconheceu também que os pilotos tiveram uma participação fundamental num processo que levou a companhia aérea a aumentar a presença no mercado e a tornar-se mais eficiente.
No entanto, adiantou, o ano de 2008, com a situação econômico-financeira extremamente grave, inviabilizou uma revisão salarial.
Mesmo assim, sublinhou Fernando Pinto, foi possível evitar os efeitos devastadores do novo regime de Segurança Social nas pensões dos pilotos.
Este ano, escreveu o presidente-executivo da TAP, a situação na empresa mantém-se grave e preocupante.
Por isso, Fernando Pinto propôs o reatamento imediato da proposta de discussão e atualização do Acordo de Empresa.
Ao terminar, o administrador apelou ao profissionalismo dos pilotos, considerando inaceitável que numa fase critica o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil proponha uma greve que vai afetar
"grave e irreversivelmente a operacionalidade e os proveitos da empresa".
TSF
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