A França prometeu ao Brasil "transparência" com relação aos aviões de combate Rafale que o país estuda comprar em uma operação milionária, após o acidente com duas aeronaves deste modelo no Mar Mediterrâneo, indicou nesta segunda-feira um porta-voz do Ministério francês da Defesa.
"Com o Brasil, que é um sócio essencial, quando chegar a hora e segunda modalidades que, tenho entendido, ainda não foram fixadas, haverá relações de transparência naturais como podem esperar dois países parceiros", indicou Laurent Teisseire em entrevista à imprensa.
O comando da Força Aérea do Brasil (FAB), pediu na sexta-feira passada às autoridades francesas ter acesso às investigações abertas após o acidente de dois caças Rafale quinta-feira no Mar Mediterrâneo, devido aparentemente a uma colizão em voo.
Este acidente aconteceu no momento em que o Brasil estuda a compra de 36 Rafale ao construtor francês Dassault Aviation por 7 bilhões de dólares (5 bilhões de euros).
"Somos parceiros do Brasil e é tradição, quando há um tema que interessa a vários países, trocarmos informações", disse Teisseire.
"Tradicionalmente (...) as conclusões de uma investigação sobre um acidente aeronáutico são compartilhadas na comunidade aeronáutica", acrescentou.
Segunda-feira, a presidência francesa confirmou a hipótese da coliSão bno voo entre as duas aeronaves.
"Dois Rafale da marinha nacional colidiram ao final da tarde de quinta-feira, 24 de setembro sobre o mar em frente às costas de Perpigñan", indicou o Palácio do Elysée, sede da presidência francesa, em um comunicado.
No início de setembro, e durante uma visita oficial do presidente francês Nicolas Sarkozy ao Brasil, os dois países anunciaram a abertura de negociações para a primeira venda dos Rafale ao exterior.
Na concorrência também estão o americano Boeing com o F/A-18 Super Hornet e a sueca Saab com o Gripen.
Dentro desta operação, o Brasil pede transferência de tecnologia.
AFP
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