Mais aviões no ar e o volume crescente de passageiros, somados ao sonho de criança de voar, têm impulsionado a procura por cursos de piloto nos aeroclubes da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). O número de formados triplicou em dois anos.
Dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) confirmam a expansão do setor. Existem hoje 5.300 pilotos de companhias aéreas no país e outros 6.100 comerciais --de empresas de táxi aéreo ou pilotos de jatinhos particulares. Desde 2007, o país ganhou 933 aeronaves --inclui helicópteros.
No interior paulista, o sonho de ser piloto ganha asas também com a tradição agropecuária. Além da demanda dos aviões particulares de fazendeiros, culturas como a da cana-de-açúcar e laranja dependem da pulverização realizada pelos aviões. No Estado, existem 45 aeroclubes e outras 47 escolas de avião.
Em Itápolis (353 km de São Paulo), duas escolas formaram 300 pilotos no ano passado. Dois anos antes, eram cerca de cem.
Em Ribeirão Preto, o aeroclube local preparou 52 novos pilotos no ano passado --o dobro de dois anos antes.
"A procura tem sido muito grande pela falta de piloto no mercado. Hoje, a companhia aérea que procurar um piloto experiente não acha. Então, é preciso desde já preparar os novos", disse o presidente do aeroclube, Olivo Lofiego Junior.
O perfil do aspirante a piloto, em geral, é de jovens com idades entre 18 e 30 anos.
A maior barreira é o preço. A hora de voo não sai por menos de R$ 252. Na primeira etapa, o curso de piloto privado exige um mínimo de 40 horas de voo.
Para piloto comercial, o mínimo é de 150 horas de voo. A partir daí, o profissional está capacitado a trabalhar como piloto particular ou em empresas de taxi aéreo.
Folha Online
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