O Ministério Público Federal poderá interditar o Aeroporto João Suassuna, em Campina Grande, nos próximos dias, por causa dos riscos de acidentes causados pela presença de urubus sobrevoando o céu do local.
De acordo com o procurador Geral da República em Campina, Sérgio Rodrigues Pimentel de Castro Pinto, a proximidade do aeroporto com o lixão aumenta o risco de acidentes aéreos na cidade. “Estamos dependendo de uma resposta técnica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para tomar a decisão de interditar o aeroporto. Pretendemos interditá-lo diante da possibilidade de acidentes”, disse. Só no ano passado, dois incidentes entre as aves e os aviões foram registrados no local.
Segundo o procurador, o prazo para a resposta da Anac terminou na última sexta-feira, mas ele acredita que em virtude da greve dos Correios, a resposta ainda não tenha chegado.
Ele contou que ainda ontem, entraria em contato com o órgão para saber o posicionamento deles. Sérgio Rodrigues contou que a Prefeitura Municipal de Campina Grande tem, desde o ano de 2005, a responsabilidade, firmada em ação pública com a Justiça Federal, para construir um aterro sanitário para substituir o lixão, mas até o momento, nada foi feito.
“Além desta ação pública, a prefeitura também teria que tomar algumas medidas paliativas, como criar uma vala impermeável; colocar o entulho de construção civil em cima do lixão, para reduzir a quantidade de aves sobrevoando o local e incinerar o lixo hospitalar, mas nem estas medidas que eles se comprometeram a fazer foram tomadas.
O prefeito está ciente do risco de acidente aéreo. A Infraero já mandou para ele uma narrativa de pilotos dizendo que quase ocorria acidentes”, afirmou.
Correio da Paraíba - PB
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