Segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo, o acordo entre a fabricante brasileira de aviões Embraer e o governo argentino para a venda de 20 aeronaves do Brasil à estatal Aerolíneas Argentinas está sob suspeita de superfaturamento.
Os aviões do modelo E190AR vão custar, no total, 698 milhões de dólares e
devem chegar a Argentina a partir de julho de 2010. Do valor, 85% será financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 15% pelo Estado da Argentina. O superfaturamento na compra dos aviões estaria ao redor de US$ 100 milhões.
De acordo com o Jornal La Nácion, o governo argentino não teria realizado nenhuma licitação pública para a compra dos aviões. E o preço real de cada avião é de US$ 30,6 milhões e os US$ 4,3 milhões adicionais dizem respeito aos serviços extras previstos. Porém, no acordo, cada unidade custou US$ 34,9 milhões à Argentina.
A suspeita de superfaturamento foi levantada quando o ex-presidente da Aerolíneas Argentinas e atual Ministro de Justiça, Julio Alak, disse que cada aeronave custaria no máximo US$ 29 milhões, ou seja, US$ 6 milhões a menos que o firmado pelo convênio com a Embraer.
O ex-secretário de Transportes do Brasil, Ricardo Jaime, demitido do cargo após denúncias de corrupção e que responde a processo na Justiça, negociou a operação. A estatal Aerolíneas Argentinas estaria questionando internamente o valor total por ser superior ao pago por outras empresas pelo mesmo tipo de avião.
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