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quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Para atender à clientela brasileira, voos da American têm ao menos três comissários que falam português
As taxas de câmbio que engordam o bolso e enchem os olhos do viajante brasileiro pesam na escolha dos Estados Unidos como destino da próxima viagem. A concorrência em rotas populares, como Miami e Nova York, foi acirrada pela desregulamentação das tarifas aéreas internacionais, determinada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em abril. Mas enquanto o viajante brasileiro consegue algum alívio no bolso, a American Airlines estuda formas de compensar seus custos, alerta o vice-presidente de Comunicação Corporativa e Publicidade, Roger Frizzel:
- Nossos preços sempre serão competitivos, se isto for determinante. Mas estamos perdendo dinheiro significativamente em todas as passagens que vendemos no mundo. Temos preços próximos aos níveis do ano 2000. Se continuarem baixos, pensamos em "desempacotar" alguns serviços, cobrando pelo uso de internet a bordo, upgrade ou taxas de bagagem.
Entre as formas de receita alternativa adotadas pela companhia se inclui, por exemplo, a taxa de US$ 50 cobrada pelo uso, pelos passageiros da classe econômica, da sala VIP em Dallas, até então privilégio de passageiros de primeira classe e executiva. O lounge oferece chuveiro e vestiários, estações de trabalho e salas de reuniões (que podem ser alugadas), entre outras amenidades.
A taxa por bagagem adicional não poderia ser cobrada no Brasil por determinação da Anac. Hoje, a cobrança já é feita pela companhia em voos nos Estados Unidos, Canadá, Porto Rico, Ilhas Virgens Britânicas e na Europa.
O Brasil é o destino mais importante na América Latina para a American Airlines. Embora faça segredo sobre o número de passageiros transportados entre o país e os Estados Unidos, a empresa informa que este ano o número vai superar o total registrado em 2008. Pudera. Em novembro do ano passado, a companhia adicionou três destinos brasileiros à sua malha: Recife, Salvador e Belo Horizonte.
A bordo dos 45 voos semanais (serão 60 no fim do ano, na alta temporada) que a companhia mantém entre os dois países, pelo menos metade dos passageiros são brasileiros. A fração varia conforme a rota. Nos voos Miami-Belo Horizonte e São Paulo-Dallas a ocupação de poltronas por brasileiros chega a 70%.
Para atender a esta clientela, hoje, em cada voo da American, há ao menos três comissários que falam português. O tamanho da tripulação depende do da aeronave: a American Airlines voa para o Brasil com aviões Boeing 757, 767-300 e 777.
- São os mesmos aviões usados em outras rotas transatlânticas, em voos para Europa - esclarece a diretora de comunicação corporativa, Martha Pantin, rejeitando a hipótese de que a empresa usasse aviões mais rodados no Brasil.
Recentemente, um acordo de compartilhamento de voos e de programas de milhagem com a Gol ampliou o alcance da American no Brasil.
- Há 6 milhões de associados do Smiles e 1,5 milhão filiados ao AAdvantage no Brasil, que vão poder usar suas milhas nas duas empresas.
Aerovirtual
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