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sexta-feira, 26 de março de 2010

Decisão sobre caças sai depois da Páscoa



Em meio a notícias sobre lobbies de americanos, franceses e suecos em torno da licitação para escolha dos novos aviões de caça da Força Aérea Brasileira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse ontem que a fase em que os concorrentes poderiam apresentar novas ofertas para o negócio está encerrada. "Já passou isso, estamos na fase, digamos, do afunilamento final``, afirmou, após falar na abertura do seminário ``Segurança Internacional: perspectivas brasileiras, o cenário global``, na Fundação Getúlio Vargas.


Ele prometeu para depois da Páscoa o relatório no qual recomendará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a escolha de um dos modelos entre o F/A-18 Super Hornet (da Boeing, EUA), o Rafale (da Dassault, França) e o Gripen NG (da Saab, Suécia).

A disputa pelo contrato do projeto FX-2, de US$ 10 bilhões, envolve os governos dos três países. Os EUA aproveitaram a passagem do porta-aviões USS Carl Vinson pelo Rio, com alguns Super Hornet a bordo, e a visita da secretária de Estado, Hillary Clinton, ao País, para promover sua aeronave.
Nelson Jobim


Estratégias

O presidente francês Nicolas Sarkozy recorreu a seu bom relacionamento com o presidente Lula para defender o seu produto, que tem a preferência de autoridades brasileiras. E até o rei da Suécia, Carl XVI Gustaf, veio ao Brasil e abordou o assunto em conversa com o presidente brasileiro.

Os suecos também levaram o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), próximo de Lula, para conhecer o aparelho, convertendo o petista em aliado.

"Está terminando. Agora, o trabalho está com a consultoria jurídica do Ministério da Defesa, fazendo o exame jurídico da legalidade toda do procedimento, para que depois eu faça a exposição de motivos ao presidente``, declarou Jobim.

O ministro assegurou que a escolha ainda não foi feita. Ele afirmou que o Brasil não está comprando um avião, mas um ``pacote tecnológico-, que capacite o País a produzir as aeronaves, futuramente.

Disse também que começará a trabalhar no relatório para Lula assim que a consultoria jurídica concluir seu parecer. Mas lembrou que a produção das aeronaves não será para logo.

"Demora. Não estamos tratando com decisões de curtíssimo prazo. Estamos tratando com decisões de médio e longo prazo, contrato der 20 anos, 25 anos``, disse. (das agências)
estadão

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