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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Aquisições de equipamentos para o SAer/PCERJ

O lince é um felino, primo do gato, capaz de ver tudo em ambientes escuros. Seu nome é uma homenagem a Linceu, personagem da mitologia grega com visão perfeita, que podia enxergar através de paredes de pedra e olhar o interior da terra para encontrar tesouros enterrados. Inspirada na realidade do mundo animal e nas lendas da civilização, a Polícia Civil está investindo em tecnologia de guerra para usar o poder do lince contra os traficantes do Rio de Janeiro.

São mais de R$ 7,5 milhões para ter um sistema de captura e transmissão de imagens feitas por uma câmera com sensor infravermelho, capaz de identificar um bandido no escuro pelo calor de seu corpo. Os equipamentos serão usados pelo helicóptero blindado, o caveirão do ar, do Serviço Aeropolicial (Saer) da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

A câmera termal modelo Flir, a mesma usada pelos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, tem alcance de cinco mil metros e gera imagens noturnas em alta qualidade e resolução. Suas imagens serão transmitidas para monitores dentro do helicóptero em que estiver acoplada e para outras aeronaves que estiverem participando da ação. Também chegarão a receptores no solo, que podem estar em carros ou base montada em alguma unidade policial. A empresa que venceu a licitação, concluída em pregão eletrônico no último dia 10, foi a Aeroservice Ltda., de Belo Horizonte, Minas Gerais, mas a instalação será feita pela Aeromot Aeronaves e Motores S. A., de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que pertence ao mesmo grupo.

— É um investimento ousado, de primeiro mundo, que vai permitir à polícia fazer operações aéreas noturnas com a mesma precisão das ações que ocorrem durante o dia — afirmou João Cláudio Jotz, engenheiro mecânico e elétrico responsável pelo projeto da supercâmera.

Para possibilitar a transmissão, foi firmado outro contrato, no dia 11, com a empresa Ibitec Comércio e Serviços de Telecomunicações Ltda, de São Paulo, que vai receber R$ 6.618.389 pelas máquinas dos subsistemas de captação, que vão receber as imagens. Em 16 de abril, a polícia comprou ainda dois equipamentos de vídeo com controle à distância, sem fio, para atender às necessidades do Saer. A vencedora da licitação, com o valor de R$ 7.633, foi a Mago Comercial Ltda. – ME, da Ararangua, Santa Catarina.

Além do sistema de transmissão, a Core vai receber 20 rádios aeronáuticos, comprados por R$ 18 mil da Vitec 2005 Comércio Instalações de Equipamentos Industriais, de Ramos, na Zona Norte do Rio. Até o fim deste mês, será concluída a licitação 3047579, que entregará à unidade de elite da Polícia Civil 200 placas de proteção balística nível III, que são colocadas nos coletes e suportam até tiro de fuzil. Esses protetores devem ser feitos de polietileno — plástico ultraresistente — ou dyneema — considerada a fibra mais forte do mundo, ter forração mínima de 72 camadas, peso máximo de 1,6 kg e curvatura peitoral.

piloto policial

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