NOVA YORK - A Boeing anunciou que enviará uma proposta ao governo dos EUA para participar, em parceria com a Finmeccanica, de uma concorrência para construir a próxima frota de helicópteros presidenciais do país.
A concorrência para a construção dos novos helicópteros presidenciais foi reaberta pela Marinha dos EUA em fevereiro. A licitação, aberta originalmente em 2005, tinha sido vencida por uma parceria entre a Finmeccanica e a Lockheed Martin, mas a administração Obama cancelou o processo no ano passado porque o custo para a construção dos helicópteros havia dobrado para US$ 13 bilhões e a encomenda estava atrasada.
Em um comunicado, a Boeing informou que vai adquirir da AgustaWestland - unidade da Finmeccanica - uma licença que dará à companhia norte-americana os direitos sobre a propriedade intelectual e a produção de uma variação do helicóptero AW101. "Com esse acordo, a aeronave será da Boeing, construída pelos funcionários da Boeing, em uma de suas fábricas nos EUA."
A Boeing será a contratante principal.
A expectativa é que a United Technologies, em parceria com a Lockheed Martin, participe da concorrência com uma variação do seu helicóptero Sikorsky. Os helicópteros Sikorsky compõem a frota presidencial norte-americana atualmente.
Na semana passada, a Finmeccanica afirmou que estudava tomar providências legais após suas ações caírem 3,2% no dia 28 de maio depois de a imprensa do país divulgar que a promotoria de Roma estaria investigando uma empresa estrangeira aberta por um empresário que já estaria sendo investigado em outro inquérito para determinar se ele estava ligado à Finmeccanica.
A notícia foi negada pela promotoria romana e pelo executivo-chefe da Finmeccanica, Francesco Guarguaglini, que teve de vir a público reiterar que a empresa "não tem nenhuma conta secreta no exterior". As informações são da Dow Jones.
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