O estudo, denominado Market Outlook, analisa as tendências da indústria e identifica a demanda por novas aeronaves no período. Dentre as principais tendências estão o crescimento do tráfego aéreo e a demanda pelo desenvolvimento de aeronaves menos poluentes.
Demanda
A demanda em 2029 atingirá 2,7 trilhões de RPK (Revenue Passenger Kilometer- quantidade de quilômetros voados por passageiro pagante). O volume é 2,7 vezes maior que o registrado em 2009, segundo o estudo.
O aumento da demanda deverá elevar a frota mundial de jatos de 30 a 120 assentos para 7.780 unidades em 2029 - antes as 4.285 de 2009. A boa notícia para a Embraer é que a grande maioria dessa frota será de novas aeronaves. A companhia estima que apenas 905 jatos dos atuais ainda estarão em operação daqui 20 anos.
Assim, o aumento da frota abrirá um mercado de 6.875 jatos de 30 a 120 assentos - um negócio avaliado em 200 bilhões de dólares. Desse total, 51% das novas entregas (3.495 unidades) serão destinadas a apoiar o crescimento atual, e 49% (3.380 unidades) serão utilizadas para substituir equipamentos antigos.
A demanda por jatos regionais de 50 assentos está saturada, mas ainda há oportunidades para substituição nos próximos 20 anos, segundo a Embraer. As aeronaves no segmento de 60 a 120 assentos, por sua vez, ajudarão a reduzir o excesso de demanda. Estas aeronaves têm substituído aviões antigos, desenvolvido novos mercados e permitido que as companhias aéreas cresçam gradualmente com incrementos menores de assentos, segundo a Embraer.Tráfego aéreo
O crescimento médio anual do tráfego aéreo será de 4,9% nos próximos 20 anos, segundo o estudo. O tráfego aéreo na América Latina, Ásia Pacifico e Rússia e Comunidade dos Estados Independentes deve crescer 6% ao ano. O crescimento anual na África será, em média, de 5%; e América do Norte e Europa terão crescimento médio de 3,5% ao ano.
A China apresentará o maior crescimento mundial, com 7,3%. Ásia, Pacífico e China representarão mais de um terço do tráfego aéreo mundial em 2029, enquanto mercados maduros (Estados Unidos e Europa) terão uma redução na participação no tráfego aéreo mundial de 57% em 2009 para 44% em 2029, segundo o estudo.
Meio ambiente
O estudo prevê que limites de ruído e emissão de poluentes mais rígidos demandarão o desenvolvimento de aeronaves mais silenciosas e que utilizem combustíveis mais limpos. Para isso, a Embraer aposta na sua família de E-Jets, que reduz as emissões de dióxido de carbono (CO2) em até 50%, se comparada com aeronaves de gerações passadas. Cerca de 1.100 jatos com capacidade para 30 a 120 passageiros operados por companhias aéreas regulares tem mais de 15 anos de uso e deverá ser substituída até 2029, segundo o estudo.
exame
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