"A aviação comercial experimentou nos últimos anos um crescimento inédito e a formação de profissionais não tem acompanhado esse ritmo. Ainda não estão faltando pilotos, mas poderão faltar se o processo de formação não for acelerado", afirma o diretor de operações da Azul, Álvaro Neto. Com a parceria, a Azul espera preencher parte das 150 vagas para copiloto que deve abrir por ano até 2015.
Para Neto, a companhia sai na frente na disputa por profissionais qualificados. "É a união da empresa mais inovadora com a melhor escola de formação de pilotos do País", declarou durante a solenidade, que aconteceu na Pucrs, em Porto Alegre. Álvaro Neto adiantou também que a relação será aprofundada em 2011, pois a empresa está em expansão e planeja contratar mais 200 profissionais entre pilotos e co-pilotos além dos 300 de atualmente, aumentar o número de rotas e a frota de aeronaves.
Mesmo com o convênio, segundo o diretor da faculdade, Elones Ribeiro, os egressos da instituição terão de ser aprovados em entrevistas e testes aplicados pela empresa. Sendo aprovados nas demais fases, são contratados, por um período mínimo de dois anos, como copilotos da empresa, para pilotar jatos modelos Embraer 190 e 195 e turboélice ATR já a partir do próximo ano.
Atualmente, a Pucrs forma cerca de 20 alunos por ano e recebe 60 novos estudantes a cada vestibular. O alto custo da formação dos pilotos, no entanto, ainda é um entrave para que mais pessoas ingressem na profissão. O curso da Pucrs, que tem duração de três anos, custa R$ 110 mil, por exemplo. Esse valor, no entanto, só inclui a parte teórica. Para se formar, os alunos precisam ainda arcar com os custos das horas de voo exigidas.
A criação do curso da universidade gaúcha em 1993 foi uma iniciativa da Varig. Numa primeira fase, a companhia garantia a contratação de todos os formados. Depois, o convênio passou a prever apenas a prioridade para os alunos da faculdade. O acordo foi desfeito em 2001, quando a Varig começou a passar por problemas financeiros e não teve mais condições de cumprir algumas cláusulas, como o transporte dos estudantes para eventos e testes. Com informações da Agência Estado.
Jornal do comércio
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