Sua principal concorrente, a fabricante norte-americana Boeing, chamou a medida de ilegal
A fabricante europeia de aviões Airbus ficou mais perto nesta segunda-feira de conseguir empréstimos governamentais para desenvolver seu jato A350, o que gerou uma reação imediata de sua principal concorrente, a norte-americana Boeing, que chamou a medida de ilegal.
Os países europeus que fabricam os aviões da Airbus --França, Alemanha, Inglaterra e Espanha-- esperam decidir até o final de junho quanto estariam dispostos a emprestar para ajudar o projeto de 10 bilhões de euros (13,9 bilhões de dólares) da Airbus a decolar.
"Estamos muito desapontados com os relatos de que os países em que a Airbus têm fábrica pretendem fornecer --e que a Airbus pretende aceitar-- bilhões de dólares em subsídios para o A350 justo na hora que a Organização Mundial do Comércio (OMC) deve julgar a consistência desse tipo de financiamento", afirmou a Boeing em nota enviada por e-mail.
A Airbus e a Boeing, que controlam o mercado de aviões comerciais de mais de 100 passageiros, têm acusado uma a outra por subsídios ilegais e levaram os casos à OMC.
"Acreditamos que empréstimos que serão pagos sejam compatíveis com as regras da OMC", disse o secretário do Estado de Transportes francês Dominique Bussereau.
A Alemanha está disposta a fornecer 1,1 bilhão de euros em financiamento à Airbus, afirmou o porta-voz do setor aeroespacial do governo alemão Peter Hintze, durante a feira de aviação Paris Air Show.
Já Bussereau disse que a França deve contribuir com 1,4 bilhão de euros.
O ministro de Defesa e negócios inglês Lord Drayson afirmou que, no momento, não estaria pronto para divulgar quanto a Inglaterra poderia contribuir.
O quarto país a abrigar fábricas da Airbus, a Espanha, não participou do encontro desta segunda-feira, e Hintze afirmou que ainda não é certo se o país irá contribuir no financiamento do projeto do A350.
"O governo espanhol ainda não se comprometeu a qualquer financiamento nem tomou uma decisão definitiva sobre o financiamento do novo avião", disse um porta-voz do ministério da Indústria espanhol.Fonte: Webtranspo
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