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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Barcelona inaugura terminal no aeroporto para competir com Madri

Barcelona inaugurou nesta terça-feira o novo terminal do aeroporto El Prat. Com valor de 1,258 bilhão de euros (R$ 3,46 bilhões), a nova ala demorou cinco anos para ficar pronta.

O aeroporto deve receber 55 milhões de passageiros por ano, em vez dos atuais 30 milhões, em uma área que chega a 544.066 metros quadrados.

O investimento total do projeto é de 5 bilhões de euros, dos quais cerca de 2 bilhões serão usados para a construção de um terminal satélite entre pistas.

O projeto inclui ainda a adaptação da área ao redor do El Prat.

Quando a construção for concluída, a cidade poderá receber até 70 milhões de pessoas anualmente. Um projeto grandioso com o qual Barcelona abre mais portas para o turismo em um momento que Espanha enfrenta recessão.

O PIB (Produto Interno Bruto) espanhol caiu 3% no primeiro trimestre de 2009 em comparação com o mesmo período de 2008, e 1,9% em relação ao trimestre anterior.

O aeroporto de Barcelona vai também competir de maneira mais forte com o maior aeroporto espanhol, o Barajas. Grande parte dos voos internacionais de longa distância é feita em Madri --e as conexões são as maiores responsáveis pelo consumo dos passageiros, que ficam até mesmo horas passeando nas lojas enquanto esperam o avião.

O primeiro voo saiu nesta quarta-feira às 6h com destino a Madri, operado pela Spanair. Para esse mesmo dia estão previstas a circulação de 30 mil passageiros e 18 mil malas em 240 voos de 19 companhias aéreas.

Denominado Terminal T1 --a parte antiga é agora a T2--, a nova ala permitirá que sejam realizadas até 90 operações por hora. A maior parte dos voos será transferida para essa área, que conta com 101 portas de embarque e 166 mostradores de faturação (check in).

O presidente de governo espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, participou da inauguração do terminal.

Acompanhado pelo ministro de Desenvolvimento, José Blanco, e pelo presidente de la Generalitat (governo da Catalunha), José Montilla, Zapatero destacou que a obra é a maior das últimas duas décadas na região. A expectativa dos políticos é que El Prat se torne uma referência, e Barcelona, a capital euromediterrânea.

Geração de emprego

Para a construção da T1 foram contratados 4 mil trabalhadores de 56 nacionalidades diferentes. Segundo o ministério de Fomento, chineses e turcos fizeram a pavimentação; paquistaneses, equatorianos e africanos foram os pedreiros e poloneses montaram os tetos. Os portugueses montaram a estrutura do novo terminal.

O aeroporto de Barcelona deve contratar ainda 3.000 novos funcionários, o que equivale a um incremento de 20% no número de trabalhadores, que chegará a 18 mil. A expectativa é que nos próximos anos sejam gerados mais 40 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

O novo terminal deve receber ainda 73 lojas, 22 caixas automáticos, cinco empresas de aluguel de carro, 43 bares e restaurantes e oitos salas VIP. Um banco La Caixa também estará presente.

Boa notícia

A inauguração vem em bom momento para Zapatero. Depois de ter o seu grupo político enfraquecido nas eleições para o Parlamento europeu, o socialista recebeu más noticias sobre as perspectivas para a economia espanhola e a geração de empregos no país: a destruição de postos de trabalho pode prolongar-se por algum tempo e deve aumentar o número dos dependentes de seguro-desemprego.

Enquanto o presidente espanhol inaugurava o T1, o Banco da Espanha divulgou o seu Informe Anual. No documento, a autoridade máxima da instituição, Miguel Fernández Ordóñez, afirma que o momento de maior contração da economia já passou, mas a crise ainda vai continuar.

"As perspectivas para a economia espanhola apontam [...] uma significativa queda do PIB em 2009, ainda que ligeiramente menor que o previsto para outros países europeus", diz o informe.

WEBTRANSPO

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