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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Air France – KLM no trimestre Abril a Junho

Crise “custa” ao maior grupo aéreo europeu
mais de 1.300 milhões € de perda de receitas.


O grupo aéreo Air France – KLM, nº 1 europeu da aviação comercial, revelou ter registado uma queda das receitas no segundo trimestre de 2009 em 20,5%, para 5,19 mil milhões de euros, o que equivale a um decréscimo superior a 1.300 milhões.

A informação, que antecipa a divulgação dos resultados neste período (primeiro trimestre do exercício fiscal 2009/2010, iniciado a 1 de Abril, especifica que no transporte aéreo de passageiros a queda de receitas atingiu 18,7% (mais de 900 milhões de euros), para 4,01, e que pior foi a quebra no negócio de transporte de carga, que teve um decréscimo em 41,5% ou mais de 390 milhões de euros, para 544 milhões.

Estes dados confirmam análises de associações internacionais do sector que confirmam uma deterioração mais forte no transporte e carga que no transporte de passageiros e, neste caso, um impacto mais avultado da degradação de preços do que pela redução de número de passageiros.

O grupo Air France – KLM especificou que a queda de receitas no transporte de passageiros reflecte uma degradação do preço médio que as companhias cobraram para transportar um passageiro por um quilómetro (yield = receita por RPK ou passageiro x quilómetros) em 14,5%.

Esta queda foi ainda potenciada por uma degradação da taxa média de ocupação dos voos, uma vez que o tráfego (em RPK) caiu 5,8% face a uma redução de capacidade em 4,7% (Ver mais em: Tráfego da Air France – KLM cai 6,4% em Junho / Menos 476 mil passageiros que em 2008).

No transporte de carga, a receita média por tonelada transportada um quilómetro caiu 25,1% e a taxa de ocupação também baixou, uma vez que a queda de tráfego (em RTK) foi de 22,7% face a uma redução de capacidade em 17,2%.

O Grupo, que divulgará o balanço do trimestre Abril a Junho no final do mês, indicou que mantém a expectativa de uma “deterioração mais limitada” do negócio no trimestre em curso (época alta da aviação) e estabilidade no último trimestre deste ano e primeiro de 2010, que correspondem ao segundo semestre do exercício fiscal 2009/2010.

A perspectiva avançada indica ainda que até prevê uma “ligeira melhoria” nessa segunda metade do exercício face ao período homólogo do exercício 2008/2009, reconhecendo que isso também reflecte o facto de os últimos meses de 2008 e os primeiros de 2009 terem sido os meses da “explosão” da crise económico-financeira mundial.
Presstur

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