A mudança de postura foi sentida pelo Consulado do Brasil em Paris. Nos três primeiros meses de 2009, o número de barrados na principal porta de entrada do país triplicou. O pico aconteceu no início do segundo trimestre do ano, quando uma média de 10 a 12 brasileiros era impedida de entrar no país todos os dias. Agora, a média fica entre um e dois, de acordo com a representação brasileira na capital francesa. “Tínhamos nos tornado a segunda nacionalidade mais barrada na França, atrás apenas dos chineses. Agora melhorou muito”, disse ao Estado a cônsul Maria Celina Rodrigues.
Apesar da mobilização do governo brasileiro, o tema não foi tratado nos encontros bilaterais entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy. Nos encontros no Ministério da Imigração, a cônsul expressou a insatisfação de Brasília. “Tivemos reuniões com autoridades francesas nas quais pedimos mais bom senso e maior discernimento na análise de cada caso”, afirma Maria Celina. Entre os argumentos usados estavam a parceria estratégica firmada entre os dois países, a realização do Ano da França no Brasil e a contrapropaganda causada pelo rigor contra potenciais turistas. Desde a reunião, os dois governos passaram a controlar diariamente o número de brasileiros barrados no país, além de manterem contatos estreitos.
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