A Boeing reduziu o preço do caça F-18 Super-Hornet na proposta final enviada este mês para a Força Aérea Brasileira (FAB), dentro do projeto F-X2, que prevê a aquisição de 36 caças supersônicos de última geração. Nesta última fase do projeto, denominada BAFO (do inglês Best and Final Offer), as empresas finalistas da disputa (Boeing, Dassault e Gripen) tiveram a oportunidade de melhorar suas propostas, com base nas informações repassadas pela gerência do F-X2.
Segundo o vice-presidente do programa F-18 da Boeing, Robert Gower, está previsto para hoje o término da avaliação de todas as ofertas pela FAB e também a recomendação da empresa vencedora, pela equipe que coordena o projeto F-X2, para o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. A Aeronáutica não confirma a informação, embora tenha anunciado oficialmente que a avaliação final das respostas das empresas aconteceria até o fim deste mês.
“Em meados de julho a FAB deve submeter a indicação do vencedor a avaliação do Ministro da Defesa, que encaminhará ao Conselho de Defesa Nacional, a quem caberá a decisão final”, explicou o executivo da Boeing. O nome da empresa vencedora deverá ser conhecido no mês de agosto e a assinatura do contrato de compra das novas aeronaves, segundo Gower, está prevista para acontecer ainda no segundo semestre deste ano.
Na oferta final encaminhada pela Boeing à gerência do F-X2, segundo Gower, foram incluídos 28 projetos com 25 empresas brasileiras, que poderão resultar em cinco mil empregos diretos e indiretos para a indústria nacional. “Acreditamos que através desses projetos e da transferência de tecnologia, que neste caso estamos autorizados a passar, o Brasil terá mais acesso ao mercado de defesa americano”, afirmou.
Gower cita as empresas Northroop e General Electric como possíveis parceiras das brasileiras no projeto do F-X2, caso venha a ser a vencedora. Entre as áreas autorizadas pelo governo americano para a transferência de tecnologia para o Brasil o executivo cita a parte de integração de sistemas aviônicos, radares e armamentos, além de testes e logística integrada.
“Queremos trabalhar juntos com a indústria brasileira e a FAB no desenvolvimento da aeronave e na integração dos seus sistemas, armamentos e software.” Gower disse que a Boeing ficou surpresa com o alto nível de qualidade e capacitação das empresas brasileiras.
Defesa Brasil
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