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quarta-feira, 1 de julho de 2009

TAM Aviação Executiva busca mais sinergias








Meta é formatar ações junto com a companhia aérea irmã


A TAM Aviação Executiva, empresa de táxi aéreo e venda de aeronaves da família Amaro, prepara-se para ganhar negócios junto com sua irmã mais vistosa e bem-sucedida, a TAM Linhas Aéreas, companhia aérea líder de mercado no Brasil. O objetivo da primeira, nos próximos meses, é formatar um serviço de voos particulares para o cliente que embarca nos voos regulares da segunda empresa.

Há cerca de dois meses, a TAM Executiva começou a oferecer o transporte de helicóptero entre os aeroportos de Congonhas e Cumbica aos passageiros de voos domésticos e internacionais da TAM Linhas. A ideia a partir de agora é expandir esse serviço com jatos executivos, para o destino que o cliente desejar.

Aproveitar as sinergias entre as duas companhias é uma das tarefas de Marco Antonio Bologna, executivo que presidiu a TAM Linhas Aéreas entre janeiro de 2004 e novembro de 2007 e hoje está à frente da Executiva.

"Um dos nossos objetivos é aumentar a venda cruzada entre as duas empresas, já que elas têm a mesma marca", afirma Bologna. Um exemplo desse tipo de ação é incluir voos executivos nos contratos firmados entre a TAM Linhas e grandes empresas consumidoras de passagens aéreas. Ele explica que o programa de fidelidade e áreas como o marketing das duas companhias já estão integrados. Neste caso, a Executiva paga pelos serviços de marketing e a Linhas executa os trabalhos.
Outras metas de Bologna à frente do negócio de aviação executiva estão baseadas nas ações que ele implementou quando presidia a TAM Linhas. "Tenho a responsabilidade de organizar a governança corporativa e profissionalizar toda a gestão da companhia", diz o executivo. Na TAM Linhas, Bologna fez mudanças profundas na gestão, criou um forte controle de custos e conduziu a abertura de capital da empresa no Brasil e o lançamento de ações nos Estados Unidos. Agora, na Executiva, ele se ocupa de aprimorar os processos de administração, os controles e tecnologias, bem como vigiar as finanças e definir novas estratégias.

Hoje, a TAM Executiva obtém quase 50% de sua receita com a venda de aeronaves - aviões Cessna e helicópteros Bell. Os fretamentos respondem por cerca de 40% e o restante fica dividido entre serviços de manutenção e gerenciamento de frota de terceiros. Em 2008, a empresa obteve receita líquida de R$ 269,4 milhões, 56% mais do que em 2007. Seu lucro líquido foi de R$ 4,6 milhões, contra R$ 7,9 milhões um ano antes.

Para o futuro, o plano de Bologna é fortalecer a unidade de manutenção, gerenciamento e venda de outros serviços como treinamento de pilotos. "Hoje, a manutenção está muito concentrada nos modelos de aeronaves que nós mesmos vendemos. É possível ampliar o leque", diz.

Bologna explica que a TAM Executiva pretende manter-se como representante apenas da Bell e da Cessna, sem ampliar o número de fornecedores. "Mas, claro, queremos elevar o número de equipamentos vendidos", diz. O momento atual, contudo, não favorece a venda de aeronaves. Segundo o executivo, a comercialização caiu cerca de 50% desde que a crise começou. Ainda assim, a TAM tem 300 negociações em andamento, sendo 57 num estágio mais aquecido.

Bologna conta também que pretende buscar um investidor "estratégico" - ou seja, do ramo - para a TAM Executiva no futuro, quando a empresa estiver organizada e a situação econômica, saudável.

A TAM Executiva pertence a Maria Claudia e Maurício Amaro, filhos do fundador da TAM, o comandante Rolim Amaro. Eles também são os controladores da Linhas Aéreas. Bologna atua ainda como conselheiro na holding da família.

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