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São otimistas as perspectivas da Gol em relação ao acordo com os bancos Bradesco e Banco do Brasil (BB), anunciado hoje pela companhia. O lançamento dos cartões de crédito Smiles cobranded permite que os clientes desses cartões acumulem milhas com os gastos e possam convertê-las em passagens aéreas da Gol e da Varig. A empresa acredita, principalmente, no reerguimento do Smiles, que, segundo a própria companhia, estava enfraquecido. A Gol prevê que, em sete anos (período da vigência do contrato com os bancos), já existam 1 milhão de cartões Smiles Bradesco e Smiles Banco do Brasil no mercado. "Nosso objetivo com isso é alcançar a liderança no mercado brasileiro de milhas", afirmou o diretor de marketing e cartões da Gol, Murilo Barbosa. Hoje, o programa de milhagem tem 6,2 milhões de participantes e, segundo Barbosa, 100 mil novos usuários aderem ao sistema por mês. A companhia aérea não abre os números separados para o Smiles, mas diz que 12% do faturamento total da empresa vem das receitas auxiliares, onde se incluem os programas de fidelização. O grande diferencial do acordo, segundo Murilo Barbosa, é que ele gera competição entre os dois bancos. "Os atributos básicos do Smiles serão definidos pela Gol, como as taxas de conversão de pontos. A parte do Banco do Brasil e do Bradesco é competir na venda dos cartões", destaca. Ambas instituições financeiras garantem que farão esforços junto à sua base de clientes para a colocação dos cartões. "Haverá uma clara concorrência. Faremos o lançamento dos cartões juntos, mas Banco do Brasil e Bradesco serão concorrentes nas vendas", afirma Denilson Molina, diretor de cartões do BB. "Estamos convencidos de que este é um consórcio que levará benefícios aos nossos consumidores", completa Marcelo de Araújo Noronha, diretor geral do Bradesco. O investimento total em produto e marketing das três companhias juntas deverá superar R$ 300 milhões, segundo afirmaram hoje as instituições.
Sem dar mais detalhes sobre os valores envolvidos pelo acordo, nem sobre as expectativas de crescimento, a Gol nega que a iniciativa tenha sido tomada diante do anúncio do novo programa de fidelização dos clientes da concorrente TAM. "Nosso objetivo não envolve a concorrência, e sim o cliente. Este acordo já está sendo desenhado há um ano", conclui Barbosa.
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