Preço das passagens aéreas tende a cair no segundo semestre. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) cita alguns indicadores, do primeiro semestre, que apontam a possibilidade desta queda: o preço do combustível caiu 20,27%, a oferta de assentos em vôos domésticos subiu 10,2%, a taxa de ocupação das aeronaves diminuiu para 63,15% - em relação a igual período do ano passado era de 67,44%. Além desses números, o técnico do Snea, Ronaldo Jenkins, destaca que a demanda cresceu apenas 3,2%.
"O setor estava acostumado a um crescimento de dois dígitos", compara. "O preço do combustível representa 35% a 40% do custo total. Isso pode ter reflexo no preço das tarifas".
Rotas internacionais
Nas rotas internacionais, a queda na demanda foi de 5,64%, ante igual período de 2008. A oferta de assentos recuou 3%. De acordo com Jenkins, a demanda interna desacelerou por conta da crise econômica mundial e da gripe suína, que reduziram as viagens de negócios e de lazer. Sobre o desempenho do primeiro semestre em anos anteriores, as altas foram de 7,4%, em 2008; 11,9%, em 2007; 12,3%, em 2007; 12,3%, em 2006; 19,4%, em 2005; e 11,9% em 2004, segundo o Snea, em relação a vôos nacionais, sempre na comparação com igual período do ano anterior.
Ele garante que as companhias aéreas não vão parar avião para restringir a oferta. "Isso já ocorreu em outros países, por causa da crise, mas aqui as empresas operam com frota total", avalia.
Trade vê oportunidades
Apesar deste cenário, o trade turístico fala em manutenção de preços e na possibilidade de promoções pontuais das companhias. Quem pretende viajar neste segundo semestre deve ficar atento a boas oportunidades para compra de passagens aéreas. As companhias tendem a aumentar disputa por passageiro com promoções. Para o diretor da empresa em Fortaleza, Arley Silva da CVC, a demanda deve melhorar no segundo semestre, quando deve acontecer mais promoções pontuais. "Uma facilidade é parcelar em até 10 vezes", diz.
Classe média
"A classe média já inseriu no seu orçamento familiar uma viagem por ano". O diretor da Turisforma, Valmir Torres, também está confiante no incremento das vendas até o fim do ano. "A procura por cruzeiro é grande", garante. Ele diz que há uma demanda reprimida. "O setor vai recuperar o resultado do primeiro semestre", projeta. O gerente de marketing da agência Grandes Viagens, Flávio Wanderley, afirma que as vendas de roteiros para os EUA devem crescer com a queda do dólar, principalmente, para quem quer fazer compras. "A procura por navios também é grande", ressalta.
Fonte DN
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