Em um intervalo de apenas oito dias, dois ultraleves caíram no Estado do Pará. O primeiro acidente aconteceu no dia 2 deste mês e vitimou duas pessoas. O mais recente ocorreu no último domingo e resultou na morte de um médico. Os acidentes coincidem com o período em que o Estado recebe fortes rajadas de ventos, graças à ação do fenômeno climático El Niño. Mas será que os ventos fortes provocoram ou colaboraram com os acidentes? O diretor técnico do Clube do Ultraleve do Pará, Alexey Martins, é enfático ao descartar essa possibilidade. 'Rajadas de ventos não derrubam ultraleves. Isso está fora de cogitação', afirma.
Alexey Martins garante que existem apenas dois fatores capazes de derrubar uma aeronave: manutenção e pilotagem. Os cuidados com a manutenção de um ultraleve ficam a cargo do proprietário da aeronave - que chega a custar R$ 240 mil -, porém tanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quanto a Associação Brasileira de Ultraleve (Abul) - responsáveis pela regulamentação da atividade - podem solicitar uma vistoria no ultraleve.
'Os cuidados com antes da decolagem incluem a verificação das condições do motor e dos níveis de água e combustível do ultraleve. Também é preciso que o piloto esteja atento às condições de visibilidade', atesta o diretor técnico do Clube do Ultraleve do Pará. No ar, as preocupações são outras, é preciso obedecer às normas impostas pela Anac que determina, entre outros, que o ultraleve deve voar a uma altura mínima de 500 pés ou 166,6 metros acima do obstáculo mais alto da região. 'O piloto deve estar, no mínimo, a 500 pés de altitude de uma antena ou morro, por exemplo', diz Alexey Martins.
O Liberal digital
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