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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Alencar minimiza acidente com caças franceses




O vice-presidente da República, José Alencar, minimizou nesta quinta-feira a queda de dois caças franceses do modelo Rafale e evitou dizer se o acidente com as aeronaves poderia prejudicar as negociações que o governo brasileiro articula para a compra de aviões desse tipo. Dois jatos franceses Rafale caíram no mar Mediterrâneo durante um voo de teste. Um piloto foi resgatado e outro ainda está desaparecido.

"Caíram caças Rafales? Caíram onde? Que hora foi isso? Não fiquei sabendo. Não vou dar opinião sobre isso primeiro porque não estou sabendo. Isso tem que ver (se atrapalha as negociações). Faz parte também das informações (a serem colhidas do piloto que sobreviveu ao acidente)", disse o vice-presidente, que ocupa interinamente a presidência da República enquanto Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nos Estados Unidos.

Alencar observou que a disputa entre empresas Boeing, Dassault e Saab deve permitir o barateamento dos preços das aeronaves. O prazo final para o envio das ofertas foi prorrogado para o dia 2 de outubro.

"Esse affair vai acabar barateando os preços. A França sempre dominou a tecnologia de caças. Essa empresa (Dassault) não é uma empresa estatal e nós aqui temos a Embraer que é uma empresa privada e uma empresa altamente confiável. A Boeing nos Estados Unidos também é uma empresa privada, mas é altamente confiável", comentou o vice-presidente, evitando apontar preferência por algum dos fabricantes.

"Depende do que eles estão transferindo, porque isso é um pacote. O Brasil exerce uma posição de liderança grande em uma região e obviamente, se o Brasil for capaz de oferecer também produtos da indústria bélica para a região, é um avanço", disse.

A disputa para que o Brasil anuncie a empresa que irá fornecer os caças à FAB se intensificou nos últimos dias com notícias, depois desmentidas pelo governo brasileiro, de que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teria telefonado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e oferecido garantias de transferência de tecnologia para que o Brasil escolhesse comprar da americana Boeing aeronaves caça F-18 Super Hornet.

Oficialmente, a sueca Saab confirmou que assegura ao Brasil a prerrogativa de comprar os Gripen NG e pagar apenas a metade do preço, mas o governo brasileiro já anunciou a decisão política de negociar preferencialmente para adquirir os Rafale, produzidos pela francesa Dassault.
Terra

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