O brasileiro Adilson Kindlemann, o primeiro sul-americano a competir na Red Bull Air Race, categoria de aviação considerada a “Fórmula 1 Aérea”, se acidentou durante um treino para a etapa desta semana do campeonato, realizada em Perth, na Austrália. Seu avião caiu na água, mas ele foi resgatado rapidamente.
Um comunicado publicado na página oficial do evento confirmou que ele teve lesões pequenas e que está em boas condições após o incidente ocorrido próximo do meio-dia no horário local.
“Eu me sinto bem. Tirei raios-X e fiz exames médicos e, felizmente, estou 100%”, disse o brasileiro, tranquilizando sobre sua situação. “Foi tudo muito rápido. Terei de ver o vídeo para entender o que aconteceu.”
Integrantes da organização observam o avião, boiando sobre a água; brasileiro passa bem
Adilson ainda mostrou estar com o bom humor intacto. “Claro que quero voltar logo a voar. E desta vez espero ficar no ar, e não na água”, afirmou ele, ao site oficial do evento.
Segundo o chefe executivo da categoria, Bernd Loidl, Kindlemann estava se aproximando do terceiro portão, no meio do circuito, quando o acidente aconteceu.
“Ele aparentemente estava saindo de uma curva, estava um pouco próximo da água e sua asa bateu em algo e o avião foi caiu rapidamente”, disse Marianne Cashim, uma espectadora que estava no local. “Ele ficou na água por poucos minutos, foi tirado rapidamente.”
“Kindlemann bateu na água com as asas e a traseira do avião primeiro”, confirmou Loidl, da organização. “Tenho a satisfação de confirmar que ele está com bom estado de saúde, tendo sofrido pequenas lesões. Como medida de precaução, ele ficará no Royal Perth Hospital esta noite.”
A Red Bull Air Race, que nesta temporada terá oito provas, começou em 2003 e terá inclusive uma disputa no Rio de Janeiro, que já recebeu o evento. As corridas, a maior parte sobre a água, tem aviões percorrendo distâncias e passando por “portões” infláveis a uma velocidade que passa dos 400 km/h.
Na abertura da temporada, em Abu Dhabi, o estreante piloto brasileiro não teve um grande desempenho. Ele foi para a repescagem após o primeiro dia e encerrou a etapa apenas na 14ª colocação, ficando à frente apenas do russo Sergey Rakhmanin, desclassificado.Apaixonado por aviação, o paulista de Registro se mudou para Curitiba em 1991. "Comecei a trabalhar como mecânico no Aeroporto de Bacacheri. Depois fui fazendo cursos de pilotagem e de acrobacia de aviões. Em 1995, comecei a voar em jato e em 2001, 2002 e 2003 fui campeão brasileiro de acrobacia aérea", disse o atleta, que também disputou o campeonato europeu em 2008 e o mundial no ano passado.
UOL
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