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Quinta-feira de sol no Rio de Janeiro, céu de brigadeiro, excelente dia para experimentar toda a potência dos aviões do Red Bull Air Race. Antes, porém, teria que passar por uma montanha-russa de emoções. A cada hora de espera pela liberação da pista, o nível de ansiedade aumentava.
O voo estava marcado para as 8h e, sete horas depois, com tudo pronto, acabei cedendo aos apelos de Di Ferrero, vocalista do NX Zero, deixando que ele voasse antes de mim. Enquanto o cantor agradecia, eu pensava: “Que bom, arrumei uma cobaia”.
A animação que senti ao ver Di voltar inteiro durou dois minutos. O tempo de eu receber o meu paraquedas e as instruções de voo.
— Se eu gritar pula, é para tirar o cinto e pular do avião. Pelo menos é isso que eu vou fazer — explicou o piloto espanhol Sérgio Pla.
Finalmente decolamos, e o embrulho no estômago se transformou em êxtase. Bastou olhar lá de cima a Cidade Maravilhosa. Em menos de dois minutos, chegamos a Copacabana e, quando eu me dei conta, já estávamos de cabeça para baixo, tendo a praia como céu. Senti o peso do meu corpo, que já não é pouco, multiplicado por quatro, durante a manobra. Continuamos com um voo rasante pelo Forte de Copacabana e, depois de mais alguns loopings, a emoção rapidamente virou enjoo. Hora de voltar, mas não sem antes rodear o Cristo Redentor bem de pertinho. Já no chão, ainda meio tonto, veio o sentimento de ter vivido experiência única.
extra
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