Os funcionários da companhia aérea Gol decidiram nesta sexta-feira entrar em estado de greve após reunião no Sindicato Nacional dos Aeronautas, em São Paulo. A intenção é pressionar a empresa a melhorar as condições de trabalho.
Os trabalhadores exigiram aumento de salários e melhoria da escala de trabalho, o principal motivo alegado pela companhia para os atrasos da semana passada, que podem lhe render uma multa de R$ 5,5 milhões aplicada pela Agência Nacional de Aviação Civil.
A reunião teve a presença de 180 funcionários, que chegaram a cogitar a chamada "operação tartaruga", que seria a redução do ritmo de atendimento aos clientes em terra e nas aeronaves, mas foi rejeitada em votação. Uma das propostas é o aumento de salários para comissários e copilotos, que tem defasagem em relação a pilotos, a fixação do salário em 54 horas de voo.
No próximo dia 20, os funcionários, a empresa e o sindicato se reúnem numa audiência marcada com o Ministério Público do Trabalho. Se a opção for pela greve, a companhia fica obrigada a manter 30% dos voos em operação.
A principal reivindicação é quanto ao descumprimento do tempo máximo de trabalho de pilotos e comissários estipulado pela legislação. No início de agosto, voos da empresa atrasaram por falta de tripulantes. A companhia alegou problemas num software que calculava a escala dos funcionários.
- Não importa a justificativa, se foi ou não o software, a Gol tem que cumprir a lei - afirma Camacho.
De acordo com ele, a assembleia reuniu cerca de duzentas pessoas e foram pelo menos 180 assinaturas a favor do estado de greve.
A classe ainda reivindica reajuste salarial e pagamento de plano de saúde.
SRZD/TERRA MAGAZINE
Nenhum comentário:
Postar um comentário