A Air France ainda não está convencida de que falhas nos sensores de velocidade tenham sido responsáveis pela queda do voo 477.
A agência francesa de investigação alegou ser cedo ainda para apontar possíveis causas do acidente e declarou que há apenas duas certezas: que o avião enfrentou tempestades antes da queda e as leituras de velocidade estavam incoerentes.
O Escritório de Investigações e Análises francesa (BEA), encarregado da perícia do acidente, também anunciou que, por enquanto, "ainda não existem vínculos estabelecidos" entre os sensores de velocidade (pitot) e a queda do Airbus A330.
Peritos do BEA são esperados no Brasil para examinar os restos da aeronave trazidos para terra, enquanto uma força integrada por aeronaves e embarcações de Brasil e França buscam mais corpos e material.
Em réplica a informações divulgadas pelo francês Le Figaro, o construtor aeronáutico europeu Airbus desmentiu a possibilidade de seus aviões de longas distâncias A330 e A340 ficarem no solo para a troca de seus sensores.
Fontes da indústria aeronáutica disseram que a fabricante também descartou por enquanto a possibilidade de ter ocorrido pane elétrica ou perda de display dos instrumentos na cabine da aeronave.
Airbus protagonizaram diferentes incidentes nos últimos dias. No mais recente, o Airbus 340-300 da Aerolíneas Argentinas que levaria a seleção argentina de futebol de Quito a Buenos Aires teve sua decolagem cancelada ao apresentar problemas em uma das turbinas.
Um outro do modelo do avião da Air France que caiu no Atlântico teve de aterrissar na ilha de Guam por causa de um princípio de incêndio na cabine. Na quarta-feira, outro Airbus foi obrigado a retornar ao aeroporto de Las Palmas, nas Ilhas Canárias, após ser detectado problema no motor. Um Airbus A320 da russa Aeroflot, que ia de Irkustk para Moscou, também fez pouso forçado por causa de rachadura no para-brisas.
Em outro voo, de Milão a Pequim, na terça-feira, uma falha em um dos motores forçou a aterrissagem de um Airbus A340 da Air China, no aeroporto de Moscou.
Ontem, o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, recebeu o chanceler Celso Amorim para falar do acidente e das investigações realizadas conjuntamente pelos dois países. Pierre-Jean Vandoorne, recentemente designado embaixador das relações com os parentes dos passageiros, também participou do encontro.
Dois especialistas forenses da polícia irlandesa chegarão ao Brasil para ajudar na identificação das vítimas. Joseph Kinsella e Jarlath Lennon são especialistas na identificação de vítimas de desastres. Kinsella, inclusive, atuou depois do tsunami de 2004 na Tailândia.
Fonte:Jornal do Brasil
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