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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Para sair da crise, companhias aéreas buscam novas fontes de receita


Com a competição acirrada e margens cada vez menores na venda de passagens, as companhias aéreas estão se estruturando e abusando da criatividade para faturar nos extras. A cobrança por bagagens extras já se tornou uma realidade nos Estados Unidos - só no primeiro trimestre deste ano, as companhias aéreas americanas arrecadaram

566,3 milhões de dólares com taxas de bagagem. Na Irlanda, a Ryanair estuda cobrar até pelo uso do banheiro.

No Brasil, depois de uma experiência piloto, a Gol se prepara para estender, de forma gradual e para voos acima de uma hora e quarenta minutos, a venda de lanches a bordo. A iniciativa, que já está em teste em cinco rotas, será estendida para o voo São Paulo-Brasília. De acordo com o vice-presidente financeiro da Gol, Leonardo Pereira, no futuro, a empresa também poderá oferecer outros produtos a bordo, como perfumes e artigos tradicionais das lojas duty free.

O executivo não faz projeções financeiras sobre as metas da companhia com a venda a bordo, mas afirma que as chamadas receitas auxiliares - tudo o que não é receita de passagem, como carga, fretamento, programa de milhagem, entre outros - representam hoje 11% do faturamento da empresa, que foi de 6,4 bilhões de reais no ano passado. A maior parte disso hoje é carga, com 500 milhões. A Gol e a concorrente TAM apostam também nos programas de milhagem.

O programa Fidelidade, da TAM, que conta com 5,9 milhões de clientes cadastrados, rendeu 528,2 milhões de reais no ano passado - ante uma receita líquida total de 11 bilhões. O número representa um crescimento de 82% em relação ao ano anterior. Para este ano, o crescimento deve ser ainda maior, graças ao efeito do ingresso da companhia na rede Star Alliance. Para a Gol, o programa Smiles representa hoje 2% das receitas totais da companhia.

(Veja.com)

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