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segunda-feira, 5 de outubro de 2009
E os passageiros? - Joinville
A maioria dos aeroportos brasileiros está mais movimentada. Os aviões estão partindo mais cheios. Mas, em Joinville, a situação é a inversa.
No ano, até agosto - um mês antes de a Aeronáutica proibir o pouso de aeronaves à noite e com tempo chuvoso - passaram 149,3 mil passageiros, entre os que embarcavam e desembarcavam pelo terminal local. É uma queda de 14,63%, em relação a 2008, segundo a Infraero. No País, o movimento cresceu 5,01% (veja gráfico abaixo).
A determinação da Aeronáutica em suspender voos noturnos por conta da falta de poda nas árvores no entorno da pista acentuou ainda mais o problema. Hoje, partem três voos pela manhã e um no início da tarde para o aeroporto de Congonhas. Em 2000, eram oito frequências diárias.
A melhor saída, por enquanto, é Curitiba. A consultora Ivonette Cardozo é uma das moradoras de Joinville que encontra problemas. "Temos muitas empresas de grande porte e um aeroporto que não funciona. "Para ela, enquanto os horários de voos não forem normalizados, a solução será recorrer à capital paranaense para poder chegar nos compromissos fora da cidade.
O empresário Ricardo Vogelsanger viaja com frequência para São Paulo e Porto Alegre e, além de ter de conciliar a agenda de compromissos com a dos clientes, precisa ficar atento aos horários dos voos que partem e chegam a Joinville. "Quando tenho que marcar uma reunião em São Paulo perco o dia todo mesmo que o compromisso dure apenas uma hora."
Uma das soluções encontrada por ele e por muitos que usam o terminal como ponto de partida é seguir até Curitiba e voar por lá. "O valor das passagens são muito mais interessantes, o que é um diferencial bem significativo. Mesmo com o combustível, tarifa de estacionamento e uma hora de viagem a mais, ainda vale a pena."
Quem também se sente prejudicado pela situação do aeroporto é o consultor Pedro Mandelli. Morador de Joinville, ele tem um escritório em São Paulo e usa o terminal pelo menos duas vezes por semana. Se o destino é ir para outros Estados, ele nem pensa duas vezes e embarca direto por Curitiba. "O problema dos voos diurnos está na incerteza do tempo. Tenho negócios e não posso ficar a mercê disso", explica.
A Notícia
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