Pilotos da aviação comercial devem realizar nesta segunda-feira uma série de manifestações em toda a Europa para protestar contra leis da União Europeia que permitem que a jornada de trabalho diárias desses profissionais se estenda para até 14 horas.
Os sindicatos argumentam que a legislação representa um perigo, já que o cansaço dos tripulantes é um fator em 15% dos acidentes aéreos.
Os profissionais também reclamam que as condições de trabalho pioraram de uma maneira geral por causa dos cortes de custos das companhias aéreas.
"Só especialistas em fadiga entendem o impacto no organismo de cruzar tantos fusos horários, ter que alternar horários consecutivamente e todos os outros aspectos da vida de um piloto", disse à BBC Jim McAusland, secretário-geral da Associação Britânica de Pilotos Comerciais (Balpa, na sigla em inglês).
Resposta
Segundo McAusland, cientistas acreditam que o limite deveria ser de 13 horas.
"Qualquer carga acima disso faz aumentar 5,5 vezes o risco de acidentes", disse.
Mas um porta-voz do Departamento de Transportes da Grã-Bretanha insistiu que a segurança de voo não será comprometida pela legislação, que já está em vigor em alguns países europeus e deverá ser adotada pelo bloco inteiro em 2012.
"A Agência Europeia de Segurança na Aviação está avaliando as respostas dadas por consultores ao primeiro rascunho da proposta de lei", disse o porta-voz.
Segundo ele, a avaliação terminaria em 2011.
Espera-se protestos em cerca de 35 países, mas ainda não há uma previsão se a paralisação vai atrapalhar o tráfego aéreo nesta segunda-feira.
BBC
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