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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Queda de avião em festival aéreo faz dois feridos ligeiros na Covilhã

Queda de avião em festival aéreo faz dois feridos ligeiros na Covilhã

Aparelho transportava o piloto e uma jornalista, que sofreram ferimentos ligeiros. Causas da queda por apurar.

Uma jornalista e um piloto do avião Chipmunk que participava nas Jornadas Aeronáuticas da Covilhã ficaram ontem feridos na sequência da queda do aparelho, que se despenhou numa quinta agrícola, em zona de difícil acesso, a cerca de quilómetro e meio do aeródromo onde deveria ter sido feita a aterragem.

Os feridos - a jornalista de um canal de televisão local, de 23 anos, e o piloto, na casa dos 30 e nacionalidade suíça - estão livres de perigo, tendo, aliás saído pelo seu próprio pé do aparelho. As causas do acidente são ainda desconhecidas, mas testemunhas no local falam numa eventual falha do motor. "O avião levantou voo normalmente e fez várias manobras no ar. Andaram por lá mais de meia hora e, depois, quando fazia a aproximação à pista começou a inclinar sobre a asa direita. Pensámos que era uma manobra acrobática, mas por essa altura deixámos de ouvir o barulho do motor e o avião desapareceu. Depois disso só já ouvimos o barulho da queda", explicou ao DN Carlos Seabra, participante do festival na categoria de aeromodelismo.

Igualmente presente o piloto Vítor Lourenço confirma o relato, mas recorda que"ninguém garante que tenha sido o motor a falhar. Um voo, mesmo de acrobacia, tem sempre muitas variáveis, desde a humana à mecânica; dizer que foi uma delas é especular", realça.

Opinião semelhante têm os membros do AeroUbi - Núcleo de Aeronáutica da Universidade da Beira Interior, que organizam este evento há 13 anos, sem incidentes. "É cedo para avançar com informações. Vamos esperar pelos técnicos do Instituto de Aviação Aeronáutica Civil (INAC) e depois disso emitiremos um comunicado", afirmou Rui Garcia, da Associação Académica da UBI, garantindo que o festival prosseguirá hoje.

O avião é de particulares, que o terão comprado à Força Aérea Portuguesa - ainda tinha os emblemas. Nos anos 70 e 80 usavam-se estes aparelhos para instrução.

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