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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Queda de preços triplica fluxo de passageiros na aviação


A multiplicação do número de usuários da aviação comercial brasileira nos últimos 10 anos foi sustentada por um recuo de 23% no preço das passagens entre 1998 e 2008. Isso é o que mostra estudo sobre o desenvolvimento do setor aéreo na última década elaborado pela consultoria Bain & Company. Por esse levantamento, o fluxo de passageiros no País triplicou de 1998 para 2008, saltando de 16,5 milhões para 50 milhões. No mercado internacional, o volume passou de 7,9 milhões para 13,3 milhões de pessoas no mesmo período.

"O que chama a atenção é que, apesar da concentração do mercado em duas empresas, o setor se desenvolveu e as tarifas caíram. Houve espaço para as empresas mais eficientes crescerem", afirma o especialista em aviação da Bain, André Castellini. Segundo ele há 10 anos o mercado era muito regulado e "protegia" a hegemonia da antiga Varig, ambiente que não proporcionava um barateamento das tarifas como atualmente.

Aumentos de 87% na média de horas voadas das aeronaves e de 479% na quantidade de passageiros transportados por quilômetro proporcionaram uma expansão de 371% da receita por aeronave de 1998 a 2008. Foram esses os resultados da busca por eficiência nos últimos 10 anos e é por isso, de acordo com Castellini, que as tarifas ficaram com os preços mais em conta.

"Custos mais baixos, concorrência entre as duas empresas mais eficientes e a consciência de que o mercado responde muito bem a tarifas baixas, mais o crescimento do País, tudo isso fez com que o transporte aéreo se popularizasse", diz Castellini. E esse fenômeno não é exclusivo do Brasil, onde TAM e Gol/Varig respondem por mais de 80% dos voos domésticos.

O consultor lembra que no Chile, Austrália, Canadá e México o predomínio de, no máximo, duas empresas também barateou as tarifas. "É natural esse grau de concentração no Brasil. Se você vira monopolista perde eficiência. Foi o que aconteceu com a Varig. No mundo todo as tarifas têm caído, apesar da concentração em vários outros países", afirma Castellini.

O estudo da Bain indica que o estágio atual de desenvolvimento da aviação brasileira equivale ao dos Estados Unidos na década de 1950. A comparação foi feita dividindo o total de passageiros embarcados pela população de cada país. Por esse cálculo, o índice americano nos anos 50 era de 0,22. No Brasil de hoje essa proporção é de 0,25.

É por isso que, conforme o levantamento, há potencial para o mercado brasileiro triplicar de tamanho nos próximos 15 anos. Na década de 1960, a aviação americana cresceu de 2 a 3 vezes a expansão do PIB no período, a exemplo do que deve acontecer no Brasil. Castellini estima que o setor aéreo tem chances de se expandir 9% ao ano no País até meados e 2025, ou até duas vezes e meia a expansão do PIB no período, projetada em 3,5% ao ano.

Fonte: Agência Estado

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