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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

IATA diz que o “mal” agora vem da “cura”


As armas com que a aviação enfrentou a “fuga” de clientes, como a redução de preços e capacidade, são agora os seus calcanhares de Aquiles, segundo a IATA, que conclui estar em curso uma melhoria da procura, mas sem recuperação do nível de preços e em condições que geram agravamento de custos.

Em Agosto, diz a IATA, o tráfego internacional caiu em média 1,1%, quando em Julho tinha caído 2,9% e nos primeiros sete meses de 2009 tinha uma queda média de 6,8%.

A procura está melhorando — conclui a IATA, que, no entanto, evidencia que é “fraco consolo” quando apesar das reduções de capacidade os preços continuam “deprimidos”, com quedas de 22% nas classes premium (primeira e executiva) e de 18% nas tarifas de turístico.

Acresce, diz a IATA, que para reduzir capacidade as companhias aéreas baixaram a taxa de utilização dos aviões, o que significa que os custos de estrutura passaram a ser repartidos por menos lugares vendáveis e, por conseguinte, aumentou o custo unitário (por lugar quilómetro colocado no mercado).

As armas que a aviação teve para combater os impactos no setor da crise econômica global, designadamente baixar preços para estimular a venda de viagens e menor utilização de frota para melhorar as taxas de ocupação, resultaram assim no que o director geral e CEO da IATA, Giovanni Bisignani, sumaria na afirmação: “A procura continua a melhorar, mas a rentabilidade permanece muito distante”.

A informação da IATA não esclarece no entanto se quando se refere à queda de preços leva em conta que são cada vez mais as companhias aéreas de rede que seguem o modelo das low cost e apostam nas chamadas receitas “complementares”, que vêm, em grande parte, da cobrança separadamente de serviços que anteriormente eram considerados dentro das tarifas, como por exemplo o check-in de bagagens.
Presstur

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