“Os 106 passageiros do voo IC 884 da Air India foram testemunhas de uma turbulência inusitada a bordo do Airbus A-320 que os levava de Sharjah, no Golfo Pérsico, a Nova Délhi no sábado, dia 3.
Quando o avião sobrevoava o Paquistão, a 10 mil metros de altitude, o piloto e o co-piloto saíram no tapa com uma aeromoça e um comissário de bordo, numa briga que começou na cabine e se estendeu aos corredores.
A razão teria sido o assédio dos pilotos à aeromoça, que prestou queixa assim que a aeronave aterrissou. Tanto ela como o co-piloto ficaram com marcas da briga.
Segundo relatos, a confusão começou ainda em terra, antes de o avião decolar em Sharjah, mas a pancadaria só teria ocorrido com o Airbus já em voo. A companhia negou que em algum momento a aeronave tivesse ficado sem comando, como afirmaram algumas testemunhas.
Os pilotos rebateram a acusação de assédio e alegaram que o caso foi de má conduta do comissário de bordo, que teria se comportado de forma agressiva dentro da cabine. Segundo eles, a aeromoça teria inventado a história de assédio para proteger o outro tripulante, que era seu amigo, para livrá-lo de ação disciplinar por parte da companhia.
A agência de aviação civil da Índia abriu um inquérito para esclarecer o incidente depois que a aeromoça registrou o caso numa delegacia.
“A companhia nem mesmo nos informou sobre esse incidente a tempo. Vamos convocar os tripulantes. Este incidente é chocante e podemos ser obrigados a tomar medidas exemplares”, disse um alto funcionário da agência.
Os quatro membros da tripulação do voo IC 884 foram suspensos enquanto durarem as investigações e a Air India avisou que vai tomar medidas disciplinares de acordo com o resultado de um inquérito da própria companhia. O comissário de bordo envolvido no incidente mais tarde negou que tivesse ocorrido troca de socos a bordo, apesar de ter admitido a discussão com os pilotos.
“Como há versões conflitantes entre os envolvidos, a administração ordenou a realização de um inquérito, que ainda está em andamento”, informou um porta-voz da Air India.”
Os conceitos de SMS, CRM são nulos nesse caso. Imagine o que não pensaram os passageiros desse vôo? E quem pilotou o avião durante a briga? ICAO e demais órgãos de normatização da aviação civil internacional deveriam prestar mais atenção em incidentes como este.
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