Corte de custos é vital para sobrevivência da British Airways

O diretor-executivo da British Airways (BA), Willie Walsh, defendeu hoje, na reunião anual de acionistas da companhia aérea, que o corte de custos é vital para que a empresa possa ir adiante, pois está no "olho da tempestade".

Walsh explicou aos acionistas - reunidos em Londres - que sua intenção é eliminar 3,7 mil postos de trabalho até março, acima dos 2,5 mil já cortados desde meados do ano passado.

"Não faz sentido dar voltas, pois a realidade é que precisamos de uma mudança fundamental e estrutural no custo de manter os funcionários. Estas mudanças são essenciais para nossa sobrevivência a curto prazo e, mais importante, para nossa viabilidade a longo prazo", ressaltou o diretor-executivo.

Explicou que as conversas com os sindicatos sobre os cortes e o congelamento de salários continuam e estão dando resultados "muito positivos", mas advertiu que não está exagerando as dificuldades que a BA enfrenta.

O presidente da BA, Martin Broughton, disse na mesma reunião que a indústria da aviação enfrenta uma crise muito grande, pois "não é uma desaceleração ordinária, não é uma oscilação cíclica que automaticamente subirá outra vez".

Apesar dos problemas financeiros, Broughton especificou que a BA mantém sua oposição às ajudas estatais às companhias aéreas.

A reunião anual de acionistas começou às 11h (7h de Brasília) em meio aos protestos dos trabalhadores, que fizeram uma manifestação perante o centro de conferências para expressar sua oposição à redução de custos que inclua a eliminação de empregos.

A companhia aérea, muito castigada pela crise econômica, busca economizar dinheiro, após registrar em maio perdas que superam os 400 milhões de libras (568 milhões de euros).
UOL