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quarta-feira, 24 de março de 2010

Vendas da Embraer para o setor de defesa em 2008 e 2009 foram recorde


As vendas da Embraer para o setor de defesa atingiram US$ 500 milhões em 2008-2009, um nível recorde para a companhia, afirmaram dois executivos da empresa ligados a este setor durante a Feira Aeroespacial Internacional (Fidae) no Chile.

Segundo Orlando Ferreira Neto e Fernando Ikedo, respectivamente o vice-presidente do segmento de Defesa e o vice-presidente de Inteligência de Mercado de Defesa da Embraer, a unidade de sistemas de defesa da companhia atualmente detém uma parcela de 9% das encomendas totais, embora originalmente a empresa tivesse como objetivo fornecer equipamentos de defesa para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Mesmo assim, nos dias de hoje, a Embraer "é maior no segmento de Defesa em termos absolutos de receita", afirmou Neto. Segundo ele, o crescimento da companhia no segmento de aviação comercial foi decorrente de cortes no orçamento militar de países da América Latina entre as décadas de 1980 e 1990 e também devido à redução na regulação comercial nos EUA desde 1978, que fomentou a criação das companhias aéreas com operações regionais.

De acordo com Neto, "o setor de defesa agora mostra um cenário sustentável e favorável". Ele acrescentou que isso permitirá à divisão de defesa da Embraer aumentar sua participação nas vendas de uma taxa média de 3% para uma taxa média de 15% no longo prazo.

"A Embraer está entre as 100 maiores empresas de defesa do mundo e certamente é a maior da América Latina", disse Ikedo.

O principal produto da Embraer no setor de defesa é o Super Tucano, um avião com turboélice utilizado em treinamentos avançados e em combates. A aeronave é responsável por 40% da receita da companhia com o segmento de defesa. As primeiras vendas do modelo foram feitas para a FAB, mas a partir deste ano cerca de 45% das vendas serão destinadas à exportação. O Super Tucano já foi exportado para Colômbia, Equador, Chile e República Dominicana, além de dois outros clientes que não foram revelados. As informações são da Dow Jones.

Estadão

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