Faltando pouco mais de um mês para as festas de fim de ano, Natal e Revéillon, no meio das luzes, compras e programações para as ceias, há um fantasma que ronda o brasileiro: a ameaça real de outro caos aéreo no País.
Esta semana, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou uma série de medidas preventivas que serão adotadas pela Infraero, Polícia Federal, órgãos ligados aos aeroportos e as companhias aéreas para enfrentar o rebuliço de embarques e desembarques no final do ano.
Entre as ações, nada novo. Solução definitiva que é bom, entre elas a ampliação dos aeroportos, por exemplo, nem sinal. De volta ao passado, a Anac proíbe a prática de overbooking, ou seja, quando as companhias vendem mais bilhetes do que vagas nos aviões. De quebra, ainda se tenta culpar o passageiro pelos atrasos, em razão das emboladas operações de check-in nos horários de pico.
O caos é um tema complexo, porque os aeroportos estão saturados e as aeronaves lotadas. Mas como embarcar tanta gente como prevê a Anac, para dezembro, quando se espera 14 milhões de operações, sendo boa parte dela com passageiros de “primeira viagem”? Acho que, primeiramente, com respeito. Respeito, paciência e bom senso não fazem mal a ninguém. Tanto do lado de aeroviários quanto de quem vai viajar durante a alta temporada.
Chegar ao cliente insatisfeito é a estratégia de marketing lançada para este fim de ano. Ao consumidor, além de cobrar por seus direitos, cabe seguir os mandamentos da viagem, o que implica em chegar cedo ao aeroporto (ou fugir dos feriados, se possível), fazer o check-in pela Internet e sempre estar bem informado para ser bem atendido.
De resto, é rezar para que os aeroportos entupidos, barulhentos e desconfortáveis não sejam o transtorno do Natal e Ano Novo. E pedir de presente que o Brasil consiga superar a deficiente estrutura aeroportuária para não dar mais vexames, até porque vamos sediar a Copa do Mundo em 2014.
d24am
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