Em 1989, a Embraer lançou, no Paris Airshow, o projeto do seu primeiro jato comercial, então denominado EMB-145. Essa aeronaves estava destinada a ser um dos maiores sucessos comerciais da empresa em todos os tempos.
 Entretanto,  o final da década de 1980 e o começo da de 1990 foram tempos difíceis  para o fabricante. O Brasil enfrentava uma crise financeira,  hiperinflação, e a Embraer foi atingida em cheio por essa crise. A  fabricação das aeronaves leves da linha Piper, fabricadas sob licença,  estava praticamente no fim, e as vendas do Brasília, o único modelo  comercial então produzido, estavam em queda livre.
O  projeto do EMB-145, depois rebatizado como ERJ-145, poderia dar um novo  impulso à Embraer, mas a empresa, durante a crise, perdeu sua  capacidade de investimento e muito da sua credibilidade dentro do  mercado. Na verdade, a Embraer esteve a um passo da falência.
Em 1992, um dos fundadores da  Embraer, o engenheiro e oficial da Aeronáutica Ozires Silva, foi  convidado a voltar à Presidência da empresa, para reestruturá-la da  melhor maneira possível, com a finalidade de privatizá-la em alguns  anos. Para isso, o projeto do EMB-145 era essencial, na verdade o único  trunfo capaz de tirar a empresa da crise.
Em  1994, a Embraer foi finalmente privatizada, e seus novos controladores  conseguiram concluir e fazer voar o primeiro protótipo do EMB-145. Essa  aeronave, c/n 14500801, e matriculada como PT-ZJA, voou pela primeira  vez no dia 11 de agosto de 1995. O voo foi um grande sucesso e chamou a  atenção de todos os operadores de aviação regional no mundo, até então  praticamente restritos a operar aeronaves turboélices.
O protótipo PT-ZJA voou durante  todo o processo de certificação do avião, concluído em dezembro de 1996,  com a entrega dos exemplares de produção aos seus primeiros operadores.
O EMB-145 tinha a capacidade de  levar 50 passageiros, mas logo a Embraer vislumbrou um mercado para uma  aeronave mais curta e mais leve, e resolveu introduzir uma aeronave para  37 passageiros, na verdade um modelo 145 encurtado, com 95 por cento de  comunalidade com o modelo original e com o mesmo certificado de tipo  para tripulantes.
O protótipo do EMB-135, depois  rebatizado como ERJ (Embraer Regional Jet) 135, c/n 13500801, e  matriculado PT-ZJA, voou pela primeira vez em 04 de junho de 1998, e deu  início à linhagem dos modelos 135, que começaram a operar no ano  seguinte, e também à linhagem dos jatos executivos Legacy, que se baseia  na mesma célula.
Sim, os protótipos do  ERJ-145 e do ERJ-135 são a mesma aeronave. No desenvolvimento do modelo  135, a Embraer modificou o protótipo 801, removendo dois anéis de  fuselagem, um à frente e outro atrás das asas, encurtando o avião em 3,6  metros e reduzindo a sua capacidade para 37 passageiros em 3 fileiras  de poltronas. Uma plaqueta do modelo foi colocada no protótipo, próxima à  plaqueta original que o identificava como modelo 145.
Mas  a carreira do 801 não terminou por aí. A American Eagle solicitou um  avião regional de 44 lugares, o maior número de poltronas então  permitido para aeronaves de transporte regional nos Estados Unidos. A  Embraer desenvolveu então uma nova modificação no projeto visando  atender esse pedido, o qual foi designado como modelo 140. O ERJ-140 é  2,12 metros maior do que a do ERJ 135 e 1,4 metros mais curto do que o  ERJ 145. 
O mesmo protótipo PT-ZJA voltou à  linha de produção e foi novamente modificado. Dessa vez, teve sua  fuselagem alongada para 28,45 metros, para poder acomodar as 44  poltronas. Esse avião voou pela primeira vez, configurado como modelo  140, em 27 de junho de 2000, e recebeu uma nova plaqueta de  identificação como c/n 14000801, PT-ZJA. Esta foi a sua configuração  final.
O  ERJ-145 foi o modelo que impulsionou o crescimento da Embraer, depois  da privatização, e conduziu a empresa ao posto de terceiro maior  fabricante de aeronaves comerciais do mundo. Até novembro de 2010, já  tinham sido entregues 1124 aeronaves de todos os modelos da linha, o que  a torna uma das aeronaves comerciais mais bem sucedidas da história.
O protótipo PT-ZJA, um  verdadeiro "transformer", pois foi o protótipo de três aeronaves  diferentes, foi finalmente desativado pela Embraer. Em 19 de novembro de  2010, a Embraer entregou essa singular aeronave ao Museu Aeroespacial -  MUSAL, no Rio de Janeiro, onde o mesmo deverá ser exposto futuramente  junto a outras aeronaves protótipos da Embraer, como o CBA-123 e o  Bandeirante.
cultura aeronáutica
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