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terça-feira, 20 de março de 2012

Após programa de licença não remunerada, Gol estuda novas ações


A Gol Linhas Aéreas informou nesta segunda-feira (19) que o programa de licença não remunerada oferecido pela para pilotos e comissários do dia 6 de março até a última sexta-feira (16) "atendeu parcialmente às expectativas da empresa" e que a companhia "estuda outras ações internas que garantam a sustentabilidade das operações".

A aérea afirma, no entanto, que não há reestruturação em curso ou programa de demissões.

Em comunicado, a Gol informou que o programa visa "principalmente para compensar os períodos de baixa demanda" e, destaca que "está previsto em lei". A empresa não informou, no entanto, o número de funcionários que aderiram ao programa nem qual era a meta de adesão.

"A companhia tem um plano de negócios disciplinado e possui um quadro de colaboradores condizente com suas necessidades operacionais, entre os quais cerca de 1.800 comandantes e copilotos além de cerca de 3.600 comissários de bordo. A companhia opera aproximadamente 920 voos diários para 63 destinos nacionais e 13 internacionais”, acrescentou a empresa, em nota.

Reportagem do jornal 'O Estado de S. Paulo', do dia 14 de março, informou que a meta da Gol, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas, era conseguir a adesão de 120 pilotos ao programa de licenças e mais 100 comissários para evitar demissões.

Procurado pelo G1, o sindicato informou que terá reuniões com a direção da Gol nesta semana para tratar desse assunto e "somente após quarta-feira poderá se pronunciar sobre a questão das demissões".

Em entrevista no dia 14, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Jr, negou qualquer programa demissão em curso ou cortes nas tripulações. "Negativo. De forma alguma", disse ao ser questionado por jornalistas.

A Gol ainda não divulgou o balanço financeiro fechado do ano passado. A divulgação de resultados do quarto trimestre de 2011 está marcado para o próximo dia 26 de março.

G1

O engenheiro que idealizou a Embraer e viu Ovnis


SÃO PAULO. O engenheiro Ozires Silva, de 81 anos, não esquece a mãozinha do destino quando, em abril de 1969, o avião do então presidente Artur da Costa e Silva, impedido de pousar em Guaratinguetá por causa de um nevoeiro, mudou o pouso para São José dos Campos. O então major Ozires era a maior autoridade do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) naquele dia e cabia a ele receber a inesperada visita do presidente. Sem gabinetes, sem protocolos, sem intermediários, lembra Ozires, seria uma oportunidade única para conversar com a maior autoridade do país sobre a indústria brasileira de aviões, uma ideia que havia taxiado no CTA depois da criação do primeiro avião de testes 100% brasileiro, o Bandeirante, mas que não decolava por ceticismo tanto dos militares, quanto do governo.

Durante a hora em que Costa e Silva esteve no CTA, Ozires percorreu os hangares e vendeu ao presidente a ideia de fabricação do Bandeirante para a Força Aérea Brasileira (FAB). Costa e Silva prometeu "examinar a ideia". No dia 26 de junho daquele mesmo ano, Ozires foi a Brasília explicar a uma turma de ministros o projeto do avião brasileiro. O então ministro da Fazenda, Delfim Netto, de início relutante por causa dos custos de um projeto dessa envergadura, acabou se animando com a ideia.

- E qual seria o nome da nova empresa? - perguntou Delfim.

- Embraer: Empresa Brasileira de Aeronáutica - respondeu Ozires.

Nascia ali, finalmente, da obstinação de um grupo de militares do CTA e da quebra de hierarquia de um deles, aquela que se transformaria na terceira maior empresa de aviação do mundo, com um faturamento previsto, em 2011, de R$ 6 bilhões. Essas e outras histórias fazem parte do livro "Ozires Silva: um líder da inovação", biografia do criador da Embraer, escrita pelo engenheiro Decio Fischetti, que deve ser lançado em abril no Rio.

- O Decio insistiu tanto nessa biografia que eu cedi - conta Ozires, em seu escritório no bairro do Brooklin, na Zona Sul de São Paulo, repleto de maquetes e fotos de aviões, incluindo um 14 Bis.

- Ozires faz parte da Santíssima Trindade da Aeronáutica brasileira, juntamente com Santos Dumont e o brigadeiro Casemiro Montenegro Filho, criador do ITA - diz Fischetti.

"Um líder da inovação" poderia render muito mais nas mãos de um escritor/jornalista acostumado com biografias. O texto se mostra muitas vezes confuso. Mas a trajetória de Ozires - que foi presidente da Petrobras no governo de José Sarney (1986-1988), integrou uma missão à China organizada pelo guru da administração Peter Drucker, foi superministro da Infraestrutura no governo de Fernando Collor de Mello (1990-1991), o grande executor da privatização da Embraer (1994) e presidente da Varig (2000-2002) - não tem como não resultar em histórias interessantes, como as brigas com o então ministro de Minas e Energia Aureliano Chaves sobre os rumos do Programa do Álcool, ou o pedido de demissão do governo Collor, incomodado com o grupo da República de Alagoas que levaria o presidente ao impeachment.

- Minha experiência no governo me deixou claro que, se a Embraer queria se modernizar e competir no disputado mercado internacional de aviação, a saída só poderia ser a privatização - diz ele. - O governo é lento e controlador. Essa lógica pode ser aplicada aos aeroportos. O governo tem que melhorar o ambiente de investimento e não controlar setores industriais.

- De uma forma bem objetiva, a Embraer simplesmente não existiria sem o Ozires - diz o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado. - Foi ele quem liderou o time que teve a visão estratégica e conduziu o processo de criação da empresa, em 1969, e se tornou seu primeiro presidente, posição que ocupou por 17 anos. Retornou à empresa em 1991 para levá-la de forma segura e estável à privatização, que ocorreu em dezembro de 1994. Nessas duas fases absolutamente críticas na história da Embraer - seu nascimento e sua privatização - a liderança de Ozires Silva foi fundamental e determinante para seu sucesso.

O livro traz também episódios inusitados. Um deles ocorreu em maio de 1986, quando então presidente Sarney o convocou a Brasília para pedir que assumisse a Petrobras no lugar de Helio Beltrão. Na volta para São José dos Campos, pilotando o próprio avião Xingu da Embraer, ele viveu um episódio conhecido como a "Noite Oficial dos Ovnis", quando 20 objetos não identificados foram detectados no espaço aéreo pelo Cindacta de Brasília.

"Vi um corpo bastante mais alongado, talvez da cor de uma lâmpada fluorescente, e circulei várias vezes o meu avião, olhando para baixo e, sinceramente, não sei dizer o que era efetivamente", conta.

No dia seguinte, na coletiva de imprensa, Ozires ficou surpreso. Nenhum jornalista queria saber de petróleo, mas de discos voadores: "Aí foi curiosíssimo, pois, felizmente, embora meu conhecimento sobre petróleo fosse acadêmico e distante, as perguntas foram só sobre os UFOs".

- Sua personalidade altiva, correta, honesta e retilínea não lhe permitiu compactuar com o cenário estranho que já se desenhava naqueles dias - diz o companheiro de CTA, brigadeiro Sócrates Monteiro da Costa, que era ministro da Aeronáutica no governo de Collor de Mello, quando Ozires ocupava a pasta da Infraestrutura.

Nascido em Bauru, cidade com a qual ainda mantém laços fortes (fez um lançamento da biografia lá) e casado há 60 anos com Therezinha, Ozires Silva se tornou há 20 dias bisavô pela primeira vez (são três filhos e sete netos). É sócio de um empresa de biotecnologia - Pele Nova, fabricante de material para reconstrução de tecidos a partir do látex - e um requisitado palestrante sobre inovação. Crítico da falta de investimento do governo em educação e do chamado capitalismo de Estado, acha que o governo deveria se ocupar da regulamentação e da fiscalização da atividade produtiva, deixando os negócios para a iniciativa privada, mais eficaz, ágil e competitiva.

- O setor de aviação é supercontrolado. Por que o governo tem que autorizar uma linha aérea? Se ela não for viável, que a empresa arque com o custo de testar essa linha - afirma.

O projeto mais recente de Ozires é transformar São José dos Campos na sede da maior feira aeroespacial da América Latina.

- Temos um terreno do CTA capaz de abrigar uma feira maior que a de Le Bourget, na França. Vamos ser os maiores do Hemisfério Sul - garante.

Quando os projetos partem do homem que ajudou a transformar ceticismo na terceira maior empresa de aviação do mundo, não há porque duvidar.

YAHOO

Tam diz que data de 12/5 para fusão é fictícia


A Tam acaba de enviar nota ao mercado sobre notícias de que 12 de maio seria o dia D para a fusão da companhia com a Lan, criando a holding Latam. "Sobre uma versão publicada hoje em alguns veículos de imprensa de que a fusão entre Tam S.A. (Tam) e Lan Airlines S.A. (Lan) será concluída em 12 de maio próximo, a Tam esclarece que não é possível determinar uma data para a conclusão da fusão, já que a mesma está sujeita tanto ao registro da oferta pública para troca de ações (“Exchange Offer”) perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil e a Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos, quanto à inscrição na Superintendência de Valores y Seguros (SVS) do Chile das ações resultantes da fusão. As duas companhias informarão a data de início da oferta pública para troca de ações tão logo tenham obtido os registros correspondentes."
PANROTAS

Boeing da Vasp vai virar restaurante




No próximo mês, os moradores, turistas e fãs da aviação poderão tomar um drinque ou saborear pratos em um legítimo Boeing 737-200 em Araraquara – cidade a 250 quilômetros da capital paulista. O avião fazia parte da massa falida da Vasp e foi comprado em um leilão pelo piloto comercial Edinei Capistrano da Silva. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo.

Segundo a reportagem do Estadão, o piloto “apresentou à prefeitura projeto para transformar o Boeing em bar e restaurante e instalá-lo em uma área no Jardim Maria Luísa”.

O antigo Boeing da Vasp vai ser transportado por carretas, desmontado, e depois remontado. Anote o endereço do futuro bar e restaurante: avenida Ipiranga, 200.
AEROBLOG

São Roque receberá Aeroporto com pista maior que a de Congonhas


SÃO PAULO - A construtora JHSF recebeu da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a autorização para construir um aeroporto executivo privado em São Roque, a 60 km de São Paulo. A empresa está agora trabalhando no projeto executivo e só depende da obtenção das licenças ambientais para iniciar as obras. A expectativa é de que as permissões sejam dadas até o fim deste ano e a construção comece em 2013.

O documento emitido pela Anac estabelece que o projeto terá de cumprir ainda requisitos de uso de solo e zoneamento urbano estabelecidos em diversas esferas da administração pública. O empreendimento será erguido em um terreno de 7 milhões de m² de propriedade da JHSF, às margens da Rodovia Castelo Branco.

A pista do aeroporto terá 2.800 metros, maior do que a de Congonhas, que tem 1.940 metros. No local, além de um shopping center já em construção, devem ser erguidas também torres comerciais. Procurada, a JHSF não quis comentar.

O aeroporto, que receberá investimentos de R$ 400 milhões, deve ficar pronto entre janeiro e fevereiro de 2014, a tempo de realizar testes de operação antes da Copa. O projeto já recebeu o aval do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo, órgão ligado ao Comando da Aeronáutica.

Para Francisco Lyra, da CFly Aviation, parceira da JHSF no projeto, com a entrega dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília à iniciativa privada, a aviação executiva deve perder espaço nesses locais, o que amplia a demanda por novas estruturas.

“A aviação executiva não vai ter vez (nos aeroportos concedidos), porque não gera um volume alto de receitas”, diz. Por enquanto, com o sinal verde recebido da Anac, o aeroporto poderá receber e originar voos executivos domésticos.

Para um especialista em aviação que pediu para não ser identificado, o aval dado ao empreendimento da JHSF dá um alento a outros projetos aeroportuários no Estado de São Paulo. No ano passado, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) descartou o plano de construção de um aeroporto em Caieiras pela Andrade Gutierrez e pela Camargo Corrêa, alegando que poderia interferir nas operações de outros aeroportos.

GUIA SÃO ROQUE

Lei quer tornar sigilosa investigação de acidente aéreo


Um projeto de lei federal quer tornar sigilosas as investigações de desastres aéreos conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), um órgão da aeronáutica, de acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada neste domingo. Conforme o jornal, a intenção é impedir que detalhes da investigação sejam usados pela polícia ou pelo Ministério Público (MP) nos inquéritos e processos criminais.

O projeto de lei, elaborado pelo Cenipa, está no Congresso e deve ser votado ainda neste semestre, diz o jornal. A Cenipa alega que está ocorrendo uma criminalização das investigações do órgão e que o objetivo da investigação da Aeronáutica é descobrir formas de prevenir novos acidentes e não punir os responsáveis por um acidente, de acordo com a publicação.

Críticos da proposta e parentes de vítimas de desastres alegam que a nova lei engessará a atuação policial e aumentará a impunidade, completa o jornal.

JB

Avianca passa a operar 18 voos na ponte aérea Rio–SP

Com a incorporação de mais um A319 à frota, a Avianca Brasil anunciou a ampliação dos voos diários da aérea ligando o Rio de Janeiro a São Paulo e vice-versa. A partir de hoje, a empresa terá 18 frequências na ponte aérea.


“Essa importante modernização em nossas operações é mais um passo em nossa constante busca pela excelência dos serviços prestados”, ressaltou o vice-presidente comercial e de Marketing da Avianca Brasil, Tarcísio Gargioni.


Para mais informações: www.avianca.com.br.
12 HORAS

Super Tucano, da Embraer, cai no litoral do Equador

Dois militares equatorianos se ejetaram e saíram ilesos nesta segunda-feira durante a queda de um avião Super Tucano, fabricado pela Embraer, em Manta, no sudoeste do Equador, informou a Força Aérea do país (FAE).

"Os dois pilotos se ejetaram e estão bem", assinalou o coronel Galo Venegas.

O Super Tucano, fabricado pela Embraer, sofreu um "problema" quando sobrevoava a zona da base da FAE em Manta em missão de treinamento.

"Foi formada uma Junta Investigadora de Acidentes (JIA) para determinar as possíveis causas" da queda do aparelho, destacou Venegas.

O aparelho envolvido foi comprado recentemente pelo Equador para reforçar o controle na fronteira com a Colômbia, onde operam guerrilheiros e narcotraficantes.

O jornal "El Comercio" de Quito informou que "se viu fogo em uma das asas antes da queda".
SURGIU

Ultraleve sofre acidente e interdita pista

Uma aeronave ultraleve, prefixo PU-GCP, bateu no solo da pista de decolagem do Aeroporto Estadual Bertram Luiz Leupolz, de Sorocaba, e tombou na tarde de ontem. De acordo com informações do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), dentro do avião estava somente o piloto, que não se feriu com o acidente. O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), da Aeronáutica, foi acionado para investigar a causa do problema.

O Daesp informou que o ultraleve bateu no solo após perder altitude logo depois da decolagem, porém não passou mais detalhes a respeito do acidente e também não divulgou a identidade do piloto. A queda ocorreu por volta das 16h15, perto do posto da Polícia Militar (PM) instalado na região dos hangares do aeroporto. A pista de decolagem ficou interditada durante 40 minutos, o que atrasou a decolagem de seis voos executivos.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, já que houve o vazamento de combustível, porém não houve mais nenhum incidente. Após ter sido retirado da pista, o ultraleve permaneceu ao lado do posto da PM até as 17h20, quando foi levado até um dos barracões do aeroporto.
JORNAL CRUZEIRO DO SUL.

Avião supersônico do futuro será biplano

Avião biplano poderá ser o jato supersônico do futuro
O grupo do Dr. Shigeru Obayashi, da Universidade de Tohoku, trabalha há vários anos tentando melhorar o projeto do alemão Adolf Busemann, que criou o conceito de um avião supersônico biplano nos anos 1930. [Imagem: Obayashi laboratory/Tohoku University]

Sucessor do Concorde

Engenheiros acreditam ter encontrado a solução para um avião supersônico que não sofra dos mesmos problemas do Concorde.

O Concorde voava de Nova Iorque a Paris em três horas e meia - mas a capacidade de passageiros era pequena, as passagens eram caras, o avião consumia muito combustível e só podia superar a barreira do som quando voava sobre os oceanos, por causa do estrondoso boom sônico.

Buscando inspiração em um projeto alemão dos anos 1950, uma equipe japonesa e outra norte-americana acreditam que tudo pode ser solucionado colocando mais um conjunto de asas, ou um segundo plano de sustentação, criando um avião supersônico biplano.

Jato supersônico biplano

O grupo do Dr. Shigeru Obayashi, da Universidade de Tohoku, trabalha há vários anos tentando melhorar o projeto do alemão Adolf Busemann, que criou o conceito de um avião supersônico biplano nos anos 1930.

Avião biplano poderá ser o jato supersônico do futuro
A grande vantagem do jato biplano é a eliminação do incômodo boom sônico. [Imagem: Obayashi laboratory/Tohoku University]

A grande vantagem do biplano é a eliminação do incômodo boom sônico, o estrondo que resulta de ondas de choques criadas pelos aviões quando eles superam a barreira do som.

Segundo os cálculos, duas asas, uma posicionada acima da outra, cancelam as ondas de choque produzidas pelas asas individuais, eliminando definitivamente o estrondo.

O problema é que o projeto de Busemann sofria de um mal irremediável: a falta de sustentação. Ele voaria bem em velocidades supersônicas, mas a transição para Mach 1 geraria um arrasto tal que a aeronave não se manteria no ar.

A solução do grupo japonês é usar partes móveis nas asas para lidar com as diferentes características de voo durante as velocidades sub e super-sônicas.

O projeto foi elaborado com o auxílio dos chamados algoritmos genéticos, programas inspirados na teoria da evolução que "aprendem" com os erros anteriores, gerando novas gerações de soluções que mesclam características das gerações anteriores que tiveram maior sucesso.

Eles batizaram seu avião de Misora, a palavra japonesa para céu, e também sigla para MItigated SOnic-boom Research Airplane.

Avião biplano poderá ser o jato supersônico do futuro
O projeto do MIT não apresenta diferenças visíveis em relação ao projeto Misora, mas elimina a necessidade de partes móveis ativas nas asas. [Imagem: Christine Daniloff/MIT/Obayashi laboratory/Tohoku University]

Asas passivas

A equipe do MIT optou por uma técnica mais tipo força bruta.

Qiqi Wang e seus colegas fizeram simulações por computador testando 700 configurações de asas, cada uma delas voando nas diversas velocidades que se espera de um avião supersônico.

Além de confirmar os cálculos da equipe japonesa - o biplano supersônico parece que realmente elimina o boom sônico - o grupo conseguiu eliminar a necessidade de materiais ativos, conseguindo manter a estabilidade do avião em todas as velocidades usando asas inteiramente fixas.

Os resultados mostraram que, com uma superfície interna de cada asa mais lisa, cria-se um canal largo através do qual o ar pode fluir.

Os pesquisadores também descobriram que saliências na borda superior da asa de cima, e na borda inferior da asa de baixo, reduzem à metade o arrasto de jatos supersônicos como o Concorde.

O próximo passo da pesquisa é construir um modelo tridimensional para realizar testes em túneis de vento.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Setor de aviação registra crescimento acelerado no Brasil


Reportagem da revista AméricaEconomia mostra como os voos de negócios e o setor de defesa ajudaram o mercado de aeronaves na América Latina
Com o aquecimento da economia nacional, o número de pessoas que começaram a viajar de avião aumentou consideravelmente no Brasil e demais países da América Latina. Os principais responsáveis pela alta do mercado aeronáutico foram os voos empresariais e os investimentos em defesa, que formaram uma base sólida na região. A edição de março da revista AméricaEconomia, publicação da Spring Editora, mostra que os dois segmentos devem manter o crescimento significativo a partir de 2012.
Em 2011, só no Brasil, mais de 10,7 milhões de pessoas embarcaram em um avião pela primeira vez. Grande parte da demanda nos países da região foi por voos domésticos e dentro da América Latina. De acordo com o diretor executivo da Alta (Associação de Transporte Aéreo da América Latina e do Caribe), Alex de Gunten, esse número se deve à crescente na busca por voos dentro do continente. "O tráfego internacional entre países da América Latina cresceu 9,5%, enquanto que, para outras regiões, aumentou apenas 1,3%, tendência que continuará", comentou.
Com essa nova demanda identificada pelas companhias aéreas, o estoque de aviões também deve aumentar significativamente. Segundo a Airbus, toda a América Latina precisará de dois mil novos aviões de passageiros ao longo dos próximos 20 anos. E segundo a Alta, o modelo mais utilizado pelas companhias aéreas no continente é o Airbus A320, vendido hoje a US$ 85 milhões.
Já o crescimento da demanda de aviões militares é resultado, essencialmente, do combate ao narcotráfico. "O que é mais adequado para cada país [em termos de aeronave] depende das ameaças que enfrenta, bem como da geografia, das habilidades e da riqueza, o que determina a amplitude da oferta atual", afirmou.
Por custar menos e ser eficiente em ambientes urbanos de combate, os helicópteros militares são outro veículo extremamente utilizado pela defesa dos países da América Latina. Entre os modelos mais difundidos na região está o russo MI-171, com capacidade de transporte e combate, blindados e equipados com mísseis antitanque. Com um custo aproximado de US$ 12 milhões, atualmente são utilizados pelas Forças Armadas de Peru, México, Argentina, Venezuela e Colômbia.

segs

Redistribuição de slots em Congonhas virá sem mudanças


A redistribuição de slots (autorizações para pouso e decolagem) do aeroporto de Congonhas será feita no mês que vem sem as prometidas mudanças de regras que abririam mais espaço para empresas entrantes e estimulariam a concorrência. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta segunda-feira que a nova norma ainda está sendo elaborada. Parte do setor reclama do modelo atual, apontado como responsável pelos preços elevados dos voos que partem e saem do aeroporto paulistano.

"Congonhas continua sendo um aeroporto de duas empresas. Todos sabem que essas companhias têm mais slots do que utilizam e usam de artimanha para permanecer com essa reserva injustificável de mercado", afirma o diretor de Comunicação da Azul, Gianfranco Beting. De acordo com o último anuário da Anac, Gol e TAM detinham juntas 90% dos voos no aeroporto. "As pessoas não aguentam mais pagar R$ 800, R$ 1.200 reais para voar para o Rio de Janeiro", complementa.

A regra atual de alocação prevê que 80% dos slots sejam distribuídos para empresas que já operam no aeroporto em questão e as demais fiquem com companhias entrantes. Em dezembro do ano passado, o presidente da agência, Marcelo Guaranys, adiantou que pretendia inverter essa proporção.

O domínio de uma ou duas empresas nas atividades de um aeroporto é conhecida como "efeito fortaleza", explica aadvogada especialista no setor aéreo Fabiana Peixoto de Mello. Neste caso, as empresas acabam abocanhando a maior parte dos slots e, em alguns casos, utilizam-nos como reserva de mercado.

"A companhia aérea que consegue a combinação ótima do maior número de frequências nos horários de pico domina o mercado no aeroporto e impede a entrada de outras", diz. "Por isso a alocação tem que ser feita de modo a favorecer a competição entre as companhias aéreas interessadas, a retomada dos slots não utilizados e a alocação periódica dos slots."

Segundo uma fonte ligada a companhias aéreas que pediu para não ser identificada, a expectativa do setor é de que um número pequeno de slots seja redistribuído. "Não acredito que sejam mais do que quatro por dia. Isso representa menos do que 1% do total", disse.

A Anac ainda não informou se os slots a serem distribuídos não estão em uso ou se devem ser retomados de alguma empresa que não cumpre os requisitos mínimos de regularidade e pontualidade. A autarquia deve dar mais detalhes apenas no próximo dia 30.

No entanto, de acordo com a Gol, que pretende participar da disputa, o sorteio será de intervalos ainda não utilizados pelo mercado em Congonhas. Independentemente de qual seja a situação, os espaços de tempo a serem alocados devem estar concentrados em horários pouco atraentes, avalia a fonte. Segundo Beting, porém, a Azul não tem a intenção de concorrer a espaços pouco atrativos comercialmente.

"A Azul tem condição de entrar com mais voos em Congonhas desde que os slots que venham a ser concedidos sejam interessantes do ponto de vista comercial", declarou. Ele defende ainda a ampliação do limite de movimentos de aeronaves por hora em Congonhas para permitir a entrada de mais empresas, como a Azul. Hoje, são permitidos 30 movimentos horários.

A Gol negou que parte dos slots de que dispõe esteja inoperante. Procurada, a TAM preferiu não comentar o assunto.

diário do grande abc