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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Nota de FALECIMENTO


É com pesar que o SNA comunica o falecimento do Comissário VASP LUIZ LOPES PEQUENO, ocorrido em (26/09/11). O sepultamento ocorreu no Cemitério São Francisco Xavier (Caju) - Capela L -(27/09) às 10:30 hs.

sna

Atraso de voo gera indenização


A 6ª Câmara Cível do TJRS condenou a empresa aérea GOL ao pagamento de indenização pela demora de cerca de 20 horas para embarque. O casal que ingressou com a ação perdeu dois dias das férias por causa do atraso.

O pedido foi negado em 1º Grau e, em grau recursal, os Desembargadores determinaram o pagamento de indenização no valor de R$ 5 mil para cada um dos autores.

Caso

O casal narrou que em julho de 2007 fez um contrato de excursão aérea com a GOL. A viagem era de Porto Alegre com destino a Maceió. No entanto, o que era para ser lazer, virou transtorno. Segundo o casal autor da ação, no aeroporto, ficaram horas na fila docheck in, o voo foi remarcado duas vezes e acabaram chegando à Maceió cerca de 27 horas depois do contratado, o que acarretou a perda de dois dias de suas férias.

Os autores ingressaram com ação de indenização por danos morais e materiais.

Sentença

O processo foi julgado pela Vara Cível do Foro Regional do Partenon, em Porto Alegre.

A GOL apresentou sua defesa alegando que no dia do ocorrido, os aeroportos estavam com intensa movimentação em função do acidente aéreo da TAM, no aeroporto de Congonhas. Também ressaltaram que as condições climáticas ensejaram o fechamento de alguns aeroportos, originando o caos aéreo.

A Juíza de Direito Nelita Davoglio considerou improcedente o pedido, acolhendo a tese da empresa.

Houve recurso da decisão.

Apelação

No TJRS, os Desembargadores da 6ª Câmara Cível acolheram o pedido e determinaram o pagamento de indenização por danos morais.

Segundo o Desembargador relator Artur Arnildo Ludwig, o casal passou longo período sem informações adequadas sobre o voo, não tiveram à disposição alimentação nem acomodação satisfatória e acabaram por embarcar quase 20 horas depois do previsto, prejudicando suas férias.

O magistrado ressalta ainda que não houve motivo de força maior que pudesse causar o atraso do voo. Os problemas advindos do acidente aéreo citado devem ser considerados como um risco do empreendimento da companhia demandada, que não a exime da necessária reparação, em caso de lesão aos direitos dos usuários dos seus serviços, afirmou o Desembargador.

Foi determinado o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil para cada um dos autores, corrigidos pelo IGP-M e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês. A empresa foi condenada ainda ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, fixados em 15% sobre o valor atualizado da condenação.

Participaram do julgamento, além do relator, os Desembargadores Luís Augusto Coelho Braga e Antônio Corrêa Palmeiro da Fontoura.

Apelação nº 70036550200

denuncio.com.br

Venezuela: Avioneta militar roubada do principal aeroporto


Uma avioneta militar à guarda da frota do Serviço Autónomo de Transporte Aéreo (Sata), pertencente ao governo, foi roubada quarta-feira por indivíduos não identificados do terminal auxiliar do Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía.

Segundo fontes aeronáuticas, o pequeno avião, um King 300, modelo Beech 350, matrícula XV1498, tinha um voo programado para a manhã de quarta-feira e foi estacionado no terminal auxiliar na noite de terça-feira, mas quando os pilotos destacados para o voo chegaram ao local, não encontraram a avioneta.

Dados da Torre de Controlo de Maiquetia dão conta que a aeronave teria descolado pelas 05:30 horas locais de quarta-feira (11:00 horas em Lisboa) para a cidade de Maracaibo, 800 quilómetros a oeste de Caracas, e houve uma notificação porque o piloto fez uma manobra pouco usual à saída partindo em direção ao sul.

Diário Digital / Lusa

O sequestro de avião que deixou o FBI em fato de banho

O momento em que os agentes do FBI se aproximam do avião em fato de banho

George Wright, o fugitivo norte-americano de 68 anos capturado em Portugal na segunda-feira, participou num dos mais dramáticos sequestros de aviões nos EUA nos anos 1970, que teve repercussões políticas importantes.

Nos Estados Unidos, o desvio do voo 841 da Delta Airlines, em 1972, ficou marcado pelas imagens de um agente do FBI (polícia federal) a dirigir-se para o avião na pista do aeroporto de Miami, vestido apenas com um fato de banho, e carregando um saco de dinheiro.

O diário norte-americano New York Daily News escreve na sua edição de hoje que a "humilhação" do "incidente do fato de banho" contribuiu para que o FBI prosseguisse a sua busca por Wright, mesmo ao fim de quase quatro décadas.

A 31 de Julho de 1972, Wright entrou num avião que seguia de Detroit (norte dos EUA) para Miami (sudeste) vestido de padre. Levava uma bíblia - dentro da qual escondia uma arma.

Wright e os seus cúmplices assumiram controlo do avião, tomando como reféns 88 passageiros, e exigiram o pagamento de um resgate de um milhão de dólares (o maior de sempre na altura num caso de pirataria aérea).

"Sigam as minhas instruções ou alguém se magoa", disse um dos raptores por rádio à torre de controlo do aeroporto de Miami, segundo gravações reproduzidas pela televisão NBC.

dn globo

Novas tecnologias transformam Boeing 787 em 'avião dos sonhos'

O Boeing 787 batizado Dreamliner aterrissa pela primeira vez fora dos Estados Unidos, em Farnborough, perto de Londres

O Boeing 787 batizado Dreamliner aterrissa pela primeira vez fora dos Estados Unidos, em Farnborough, perto de Londres (Ben Stansall/AFP)

O Boeing 787, que chegou ao mercado oficialmente nesta segunda-feira, é o tipo de lançamento que só se vê a cada 50 anos. A aeronave representa a primeira mudança drástica desde o Boeing 747, lançado na década de 1960. É mais leve, polui menos, é mais econômico, consegue voar mais longe e faz menos barulho. Nada modesta, a empresa decidiu batizá-lo de Dreamliner, ou avião dos sonhos, um trocadilho com a palavra airliner (termo em inglês para aviões comerciais).

A nova aeronave da Boeing consegue avançar em várias áreas graças ao material utilizado na construção (veja gráfico abaixo), aos motores de última geração e a uma série de novos recursos eletrônicos. De acordo com Fernando Catalano, chefe do departamento de Engenharia Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP), a utilização de materiais compostos, como a fibra de carbono, para a construção da fuselagem do avião, causou um efeito em cascata.

"Como o avião é 20% mais leve e tão resistente quanto os da geração anterior, construídos basicamente com alumínio, ele consegue carregar mais peso e economizar combustível, além de permitir mudanças na aerodinâmica", explica em entrevista ao site de VEJA. Por causa dos materiais compostos, os engenheiros conseguiram fazer com que a ponta da asa do 787 fosse curvada para cima. "Em velocidade de cruzeiro, esse formato deixa a nave mais rápida e economiza combustível", afirma Catalano.

Outra inovação que aumenta a economia da aeronave é a quantidade de novos componentes eletrônicos. "Eles permitem que sejam usados menos sistemas hidráulicos e pneumáticos e faz com que o próprio avião possa produzir energia durante o voo", explica o engenheiro. "Além disso, os circuitos eletrônicos ajudam a reduzir a emissão de poluentes."

A Boeing também apresentou motores mais silenciosos e mais econômicos no 787. Catalano explica que as turbinas do novo avião são dotadas de algo chamado caixa de redução, um dispositivo que reduz a velocidade das hélices. "Como elas são muito grandes, as lâminas da turbina podem superar a velocidade do som", disse o professor. As caixas de redução ajudam a diminuir essa velocidade, reduzindo o consumo de combustível e o barulho da turbina.


Uso militar — Apesar de serem novidade no setor comercial, as novas tecnologias já vêm sendo usadas pelos militares há algum tempo, segundo Catalano. "Como a aviação civil requer cuidados extras, todas as novidades precisam ser provadas e comprovadas ao longo de anos." Agora que a Boeing abriu o caminho, outras empresas e governos terão uma base de dados para certificar, comprar e fabricar os novos componentes.

O especialista acredita que outros gigantes do setor irão seguir o mesmo caminho da Boeing. A europeia Airbus já utiliza uma mistura de alumínio e fibra de vidro para a fabricação de um material mais leve na construção do 'superjumbo' A380, o maior do mundo, capaz de levar até 853 passageiros. A Bombardier também estuda projetos que utilizam materiais compostos para a construção de aviões. Fabricante de aviões de menor porte, a japonesa Kawasaki já anunciou que vai lançar uma aeronave que também utiliza materiais mais leves. A ideia é competir com a brasileira Embraer, que possui laboratórios de materiais compostos em São José dos Campos, no interior de São Paulo e em Portugal.

Arte VEJA

info-avião-boeing-787


veja

Americano planejava atacar Pentágono com avião de controle remoto, diz FBI

Um americano de 26 anos foi preso por planejar o choque de um pequeno avião com controle remoto, cheio de explosivos, nos prédios do Pentágono (sede da defesa dos EUA) e do Capitólio (sede do Congresso), em Washington, disseram nesta quarta-feira autoridades.

Avião que seria usado no ataque. Foto: Reuters

Avião foi cedido ao suspeito por agentes do FBI que agiam sob disfarce


O americano, que é estudante de Física na Universidade Northeastern, é acusado de planejar a realização de atos de "jihad" (guerra santa islâmica) desde o início de 2010.

Ferdaus foi preso em Boston (Estado de Massachusetts) depois de uma investigação realizada pelo FBI (polícia federal americana) sob disfarce.

O Departamento de Justiça dos EUA disse que os agentes do FBI mantinham contato regular com Ferdaus por algum tempo antes de sua detenção.

Fazendo passar por cúmplices, os agentes deram ao suspeito os explosivos, o avião com controle remoto e armas.

Ferdaus foi detido imediatamente depois de colocar as armas recém entregues em um depósito, disse o FBI.

No entanto, a promotora Carmen Oriz tentou passar uma mensagem de tranquilidade. "O público nunca esteve em perigo devido aos explosivos", disse ela, afirmando que o material estava sendo controlado por funcionários disfarçados do FBI.

Caso seja condenado, Ferdaus pode pegar até 15 anos de prisão por "dar apoio e recursos a uma organização terrorista estrangeira". Além disso, ele pode ser condenado a até 20 anos de cadeia por tentar destruir instalações da defesa nacional.

BBC Brasil

Atriz diz ter sido expulsa de avião nos EUA após beijar a namorada



Leisha Hailey atuou em 'The L Word'

Leisha Hailey, da série de TV "The L Word", beijou a namorada durante um voo da empresa aérea Southwest Airlines e foi expulsa do avião. "Eu fui discriminada pela Southwest Airlines. A comissária de voo disse que estávamos era uma lugar 'família' e que beijar não era 'ok'", escreveu Leisha em seu Twitter.

Revoltada com a atitude da comissária, Leisha usou o Twitter para protestar. "Desde quando mostrar carinho por alguém que você ama é ilegal? Eu quero saber o que a Southwest considera 'família'. Eu conheço muitas famílias de pessoas do mesmo sexo e gostaria de apresentar algumas a eles. Boicote a Southwest se você é gay! Eles não gostam de nós", escreveu.

Na segunda, 26, a empresa se manifestou sobre o assunto: "Nós recebemos muitas reclamações dos outros passageiros, que afirmavam que o comportamento delas era excessivo", dizia o comunicado, segundo a revista "People". "Nossa equipe, responsável pelo conforto de todos os passageiros a bordo, aborda as pessoas baseada em seu comportamento e não em seu sexo. A conversa com elas chegou a um nível em que era melhor ser resolvida em terra firme e não durante o voo".

Ego.



A atriz Leisha Hailey, que estrelou a série "The L World" como uma jornalista bissexual, afirma ter sido expulsa de um voo da Southwest Airlines junto com sua namorada após ter dado um beijo nela, nesta segunda-feira (26). Hailey e a namorada Camila Grey, da banda Uh Huh Her, estavam em El Paso, no Estado americano do Texas.

No Twitter, Hailey, 40, disse que a comissária de bordo teria dito que a Southwest "era uma companhia aérea familiar e um beijo não era ok" e que ela e sua namorada seriam escoltadas para fora do avião por terem se exaltado sobre o assunto.

"SouthwestAir apoia empregados homofóbicos. Desde quando é ilegal demonstrar afeto a quem você ama? Eu quero saber o que a Southwest Airlines considera uma 'família'", escreveu. Hailey também exigiu um pedido público de desculpas.

A companhia aérea soltou uma nota afirmando que "nós recebemos várias reclamações de passageiros que apontam para um comportamento excessivo. Nossa equipe, responsável pelo conforto de todos os clientes a bordo, abordou as passageiras baseado apenas no comportamento e não no gênero".

PARAIBA.COM

"O diálogo atingiu um nível que tornou melhor ser resolvido em terra, e não em voo", acrescentou.


MPE usa recurso contra Engevix


Classificado em segundo lugar no leilão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (no Rio Grande do Norte), o grupo MPE encaminhou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um recurso administrativo contra a habilitação do vencedor Inframérica (consórcio composto pelo grupo brasileiro Engevix e pela argentina Corporación América).

O aeroporto foi o primeiro a passar por uma concessão federal e foi encarado como um teste para as futuras concessões no setor.

No recurso, o grupo argumenta que o consórcio vencedor não apresentou todos os documentos necessários à habilitação. "É um direito que nossa empresa tem e o estamos usando", diz Renato Abreu, presidente do MPE.

"O edital exigia certidões para comprovar a regularidade fiscal. Mas o consórcio vencedor só anexou uma declaração de uma empresa de auditoria dizendo não ter problemas ficais", diz o advogado que representa o grupo, Cristiano Martins.

A agência analisou a documentação da vencedora no dia 13 de setembro. Na época, publicou ata dizendo ter concluído "que a documentação apresentada pelo consórcio encontra-se em conformidade com o estabelecido no edital de Leilão". Agora, a Anac analisará se a argumentação interposta pelo MPE é válida e marcará uma data para o julgamento – que, segundo a agência, pode acontecer até o dia 3 de outubro.

Disputado há mais de um mês, em 22 de agosto, o leilão de concessão do aeroporto nordestino teve uma disputa acirrada. Quatro consórcios apresentaram propostas iniciais.

O Consórcio Potiguar, composto pela Triunfo e pela espanhola Fomento de Construcciones y Contratas (FCC), foi eliminado logo na etapa de abertura de envelopes por apresentar o quarto valor de outorga – somente os três melhores classificados foram chamadas para a segunda e última etapa, de lances a viva voz, conforme previa o edital.

Convocado para a segunda e última etapa, o Consórcio ATP- Contratec não fez lances e foi eliminado. Com isso, restaram o Consórcio Aeroportos Brasil (do grupo MPE) e o Inframérica (da Engevix). Depois de 50 minutos e 87 lances, o Inframérica finalmente ofertou R$ 170 milhões e silenciou o concorrente, que havia proposto R$ 166 milhões. Venceu com ágio de 228,8% sobre o valor inicial estipulado pelo governo.

valor econômico

Avião com 18 a bordo cai na Indonésia

Um pequeno avião com 18 passageiros a bordo caiu no norte da Ilha de Sumatra, naIndonésia, informaram as autoridades locais nesta quinta-feira (29).

A aeronave, um CASA C-212, da companhia aérea local Nusantara Buana Airyang, cobria a rota entre Medan e Kutacane. A bordo estariam 15 passageiros e três tripulantes - dois pilotos e um técnico.

O porta-voz do Ministério de Transporte, Bambang Ervan, disse ao portal indonésio de noticias “Detik” que as equipes de resgate ainda não conseguiram chegar ao local do acidente.

Acidentes aéreos são frequentes na Indonésia, um arquipélago com mais de 17 mil ilhas, devido à falta de manutenção dos aviões, à infraestrutura aeroportuária e à falta de fiscalização das normas de segurança na aviação.

Equipes de resgate preparam-se nesta quinta-feira (29) para partir nas buscas do avião acidentado em Sumatra, na Indonésia (Foto: Reuters)Equipes de resgate preparam-se nesta quinta-feira (29) para partir nas buscas do avião acidentado em Sumatra, na Indonésia (Foto: Reuters)g1

Cinco anos depois, lágrimas e revolta mantêm viva tragédia do voo 1907 da Gol

“Não é nem por briga que a gente não desiste, não, mas por amor e saudade. Levaram aquelas 154 pessoas do nosso convívio e nos querem tirar também a dignidade. Não existe ainda o fechamento dessa história; não é só no dia 29 [de setembro] que a gente quer ser lembrado. Espero mesmo que um dia isso seja respeitado”.

Cinco anos depois, ainda é com lágrimas e uma nada imperceptível revolta na voz que a empresária de Curitiba Rosane Amorim Gutiah, 53, se refere ao acidente que matou as 154 pessoas a bordo do Boeing737-800 que fazia o voo 1907, da Gol Linhas Aéreas. Entre as vítimas estava o marido da empresária, Rolf Ferdinando Gutjahr, então com 51 anos.

Assim como Rosane, outros personagens envolvidos na tragédia que chocou o país e estampou as capas de jornais em todo o mundo ainda acompanham abismados a falta de respostas –da Justiça e das autoridades brasileiras e norte-americanas– proporcionais a um acidente que, na ocasião, se apresentava como o pior na história da aviação nacional. Além da grande comoção pelas histórias de vida das 154 pessoas, o episódio também maculou definitivamente, com reflexos vistos ainda hoje, a aparentemente inviolável segurança do espaço aéreo do país.

O Boeing havia decolado de Manaus (AM) com destino ao Rio, com escala em Brasília, mas foi atingido pelo Legacy da empresa de táxi aéreo americana ExcelAire, fabricado pela Embraer, pilotado pelos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino.

A FAB (Força Aérea Brasileira) e a Polícia Federal apontaram nas investigações do acidente que Paladino e Lepore agiram com "negligência" ao voarem durante cerca de 50 minutos com o transponder (equipamento anticolisão) desligado. Mesmo assim –e a despeito de outros relatórios técnicos que apontaram uma sequência de outras imperícias dos dois pilotos–, o máximo obtido por amigos e familiares das vítimas que buscaram algum tipo de conforto nas condenações judiciais foram penas revertidas em serviços comunitários.

Providências à Justiça, cobranças ao governo

No próximo dia 5 de outubro, membros da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, organização criada em 18 de novembro de 2006, se reúnem com representantes do Ministério das Relações Exteriores, no Palácio do Itamaraty. O objetivo é solicitar ao governo brasileiro que sejam cobradas providências por erro grave dos dois pilotos à agência que regula a aviação civil nos EUA.

O grupo ainda tenta marcar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para entregar a ela um abaixo-assinado em que já constam aproximadamente 160 mil assinaturas com o pleito apresentado ao ministério.

Na Justiça, mês passado a associação interpôs um recurso de apelação ao juízo de segundo grau, no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília, solicitando a reconsideração da decisão de primeira instância. O caso ainda não foi julgado no tribunal.

“Cinco anos após e ainda estamos começando a segunda instância dos processos criminais. O Código Penal até prevê a substituição da pena, mas não em um caso em que houve 154 mortos –isso é absolutamente desproporcional”, afirma o advogado da associação, Dante Daquino.

Para o advogado, a culpa pela tragédia, diferentemente do atestado pela Justiça a partir de posicionamento do MPF (Ministério Público Federal), não pode se estender também aos controladores de tráfego aéreo que não teriam passado as instruções corretas aos pilotos norte-americanos.

“Não entendemos que eles foram culpados: consultamos experts da área e verificamos que, pela caixa de voz, nos diálogos dos dois pilotos, a responsabilidade foi deles. Fazendo uma analogia, é como se em um acidente de trânsito com mortes, com o causador acima da velocidade permitida, na via errada e com a luz apagada, o responsável fosse o guarda de trânsito”, disse.

"Ali morreram passado, presente, planos, sonhos"

À frente nas decisões da associação, da qual é uma das diretoras –ela representa os familiares da região Sul do Brasil–, a empresária Rosane não esconde a revolta com a decisão da Justiça Federal do MT. O sentimento, diz ela, é de desolação.

“Com todas as provas técnicas de que os pilotos erraram, com caixas de voz que revelam que eles levantaram voo com o TCAS [do inglês, Traffic Collision Avoidance System, ou "Sistema Anticolisão de Tráfego"] desligado, com a falsa afirmação deles de que estavam habilitados a voar em uma distância de 1.000 pés para outra aeronave –o que o próprio Cenipa atestou depois que era mentira... Eles vieram, mataram 154 pessoas e agora querem tirar de nós também a dignidade?”, questiona. “Imagine que muitos morreram com a queda da aeronave no solo, após quase dois minutos em queda; o corpo de uma mulher estava agarrado ao filho de oito meses, alguns mal tiveram o que enterrar...”, relata.

No caso da empresária, o marido voltava de Manaus, onde a família tem negócios na área de eletrônicos na Zona Franca. Ela conta que ele estava habituado a fazer o percurso a cada 15 dias, mas mudou a frequência para uma vez por semana depois que o casal adotou uma criança –à época do acidente, com quatro anos.

“Morreram junto um passado, presente, futuro, planos, sonhos, e não só meus como de uma porção de gente. Morreram muitas coisas ali. Até há pouco tempo minha filha deixava os chinelos do pai na porta porque ela tinha esperança de que ele voltaria. E como ele disse que vinha vê-la, nesses anos todos ela achou que fosse a culpada”.

A empresária admite que o processo judicial é moroso, mas diz ter esperanças de que o governo brasileiro cobre o norte-americano com ênfase. “Qualquer um que veja as transcrições dos diálogos dos pilotos [do Legacy] entende com muito mais propriedade toda a nossa revolta. Por isso capitulamos que esse caso seja julgado como homicídio com dolo eventual [em que o autor, mesmo que sem intenção de matar, assume os riscos da prática do ato]”, pondera a empresária. “A gente espera que no TRF os juízes sejam imparciais, olhem e analisem as provas e julguem como juristas, como seres humanos, que não permitam que esse crime fique dessa forma”.



Acidente no voo da Gol completa cinco anos (5 víd